A Ideologia da Decadência – Leitura antropo - Nova Cartografia ...
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as memórias<br />
Os textos examinados são geralmente definidos como memórias. Tanto<br />
os seus autores, quanto aqueles que definem os seus trabalhos, em<br />
momentos posteriores, os designam assim. Além de Gaioso e G. de<br />
Abranches que intitulam seus trabalhos de memória no transcorrer <strong>da</strong><br />
análise, observa-se que Ribeiro e Xavier gravam o termo no próprio<br />
título. Não adota esta designação Fr. Francisco de N. S. dos Prazeres por<br />
razões que tentaremos aclarar oportunamente. 11<br />
As memórias, enquanto um gênero particular, podem ser entendi<strong>da</strong>s<br />
como uma exposição sumária ou como um apontamento histórico<br />
ou uma dissertação científica ou literária sobre um acontecimento notável.<br />
Entretanto, transcendendo às definições formais e dicionariza<strong>da</strong>s<br />
vale remeter esta classificação dos textos para o sistema de relações<br />
sociais que os acolhe ao tempo em que foram produzidos.<br />
Em ver<strong>da</strong>de, os textos de Gaioso, G. de Abranches, Xavier, Ribeiro<br />
e Pereira do Lago antes de manifestarem um mesmo tipo de produção<br />
11. Para se obter uma classificação mais acura<strong>da</strong> dos graus de consagração destes autores<br />
considerados clássicos e/ou patronos importa destacar que não apenas constam de<br />
importantes dicionários brasileiros e portugueses de bio-bibliografia, mas também são<br />
indexados, à exceção de Antonio Bernardino Pereira do Lago, no Índice de Biobibliografia<br />
Brasileira organizado por J. Galante sob os auspícios do Instituto Nacional do<br />
Livro.<br />
Garcia de Abranches é reconhecido de maneira unânime pelos classificadores<br />
dicionaristas, sendo contemplado com verbetes no Volume iii do dicionário de Sacramento<br />
Blake (pág. 64) e nos que se seguem:<br />
J.F. Velho Sobrinho. Dicionário bio-bibliográfico brasileiro. Volume i. Rio de Janeiro:<br />
Ir. Pongetti, pág. 33, 1937.<br />
Inocêncio Francisco <strong>da</strong> Silva. Dicionário biobibliográfico portuguez. Lisboa: Imprensa<br />
Oficial 1858/1923. 22 volumes.<br />
Vide Volume iii pag. 290<br />
Alarico Silveira. Enciclopédia Brasileira. Ed. Patrocina<strong>da</strong> pela Fun<strong>da</strong>ção Eduardo<br />
Bittencourt. Tomo i. Rio de Janeeiro: inl. 1958.<br />
Vide pág. 37.<br />
Garcia de Abranches é ain<strong>da</strong> contemplado com a inclusão em “Verbetes para um<br />
dicionário bio-bibliográfico brasileiro” organizado por Múcio Leão no periódico<br />
Autores e Livros a partir do vol. x, n.º 06 de 15 de março de 1949. O verbete que lhe corresponde<br />
foi publicado no exemplar de primeiro de abril de 1949, volume x, n.º 07, à<br />
página 83.<br />
Raimundo J. S. Gaioso, Francisco de Paula Ribeiro e Manoel Antonio Xavier são<br />
mencionados respectivamente nos volumes vii (pág. 115), iii (pág. 81) e vi (pág. 24)<br />
de Sacramento Blake.<br />
32 · alfredo wagner b. de almei<strong>da</strong>