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LP_conteudo_Prof_9Ano - Secretaria Municipal de Educação

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ações sucessivas para que o leitor compreenda as conexões<br />

entre fatos, consequências e causas.<br />

Assim, é importante que os alunos percebam a concepção <strong>de</strong><br />

História quando se estabelece um efeito <strong>de</strong> sentido <strong>de</strong> “veracida<strong>de</strong>”<br />

para o leitor. Os professores <strong>de</strong> História e Geografi a<br />

po<strong>de</strong>m auxiliar na discussão do gênero relato histórico, aprofundando<br />

elementos típicos <strong>de</strong>sse relato interpretativo sobre<br />

os fatos do mundo. 10<br />

Contudo, é importante reiterar que um texto é sempre o resultado<br />

das experiências do autor à época <strong>de</strong> sua produção,<br />

isto é, <strong>de</strong> sua maneira <strong>de</strong> ver o mundo, <strong>de</strong> suas expectativas,<br />

crenças, valores, dos conhecimentos <strong>de</strong> que dispunha naquele<br />

momento, das infl uências que recebeu. A leitura <strong>de</strong>sse<br />

texto também é fruto das experiências e conhecimentos <strong>de</strong><br />

que dispõe o leitor, do momento histórico em que ocorre a<br />

leitura. Assim, nem sempre os sentidos aparentemente mais<br />

signifi cativos para o autor correspon<strong>de</strong>m aos sentidos atribuídos<br />

por seus possíveis leitores, ainda que autor e leitores<br />

dominem a mesma língua e vivam no mesmo tempo.<br />

Por isso, nunca se po<strong>de</strong> exigir que todos os alunos leiam um<br />

texto da mesma forma ou como o professor (ou o autor do<br />

livro didático) leu. O importante é fazer com que procurem os<br />

signifi cados possíveis <strong>de</strong> cada um dos textos e abrir espaço<br />

para que todos se manifestem e acolham as diversas leituras,<br />

a fi m <strong>de</strong> organizar uma possível leitura coletiva.<br />

O relato histórico é o foco da Unida<strong>de</strong> 4 do Ca<strong>de</strong>rno do 9o ano<br />

e integra a proposta <strong>de</strong> trabalhar com os gêneros da esfera<br />

escolar, uma vez que os alunos fazem pesquisa e recorrem<br />

a diversas fontes bibliográfi cas impressas e eletrônicas. Por<br />

isso, é fundamental discutir novos modos <strong>de</strong> fazer pesquisa<br />

escolar, com <strong>de</strong>staque para as formas <strong>de</strong> apropriação dos textos<br />

e discursos.<br />

A esfera escolar em diálogo com a esfera da divulgação científi<br />

ca, no Ciclo II, contempla: biografi a/<strong>de</strong>poimento (6o ano),<br />

artigo <strong>de</strong> divulgação científi ca/exposição oral (7o ano), relato<br />

histórico/exposição oral (9o ano). Tais gêneros pressupõem<br />

10 Há várias críticas a uma visão<br />

<strong>de</strong> História em uma linha<br />

positivista que vê o historiador<br />

como sujeito que narra <strong>de</strong><br />

forma “objetiva” e “neutra” os<br />

fatos históricos. Por tal razão,<br />

é importante a leitura crítica<br />

no trabalho com esse gênero.<br />

Ver BITTENCOURT, Circe. Ensino <strong>de</strong><br />

História: fundamentos e métodos.<br />

São Paulo: Cortez, 2004.<br />

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 9 O ANO 25

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