EEL - USP
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atender as expectativas de mitigar os impactos dos combustíveis fósseis<br />
no ambiente, algumas condições necessitam ser preenchidas, como:<br />
a. Produção sustentável de matéria prima e uso dos<br />
recursos energéticos de forma a resultar em uma<br />
produção neutra de CO2;<br />
b. Seqüestro e fixação do carbono por longos períodos,<br />
inclusive após a vida útil do vegetal (ex. produção de<br />
móveis de madeira);<br />
c. Substituição direta de combustíveis fósseis, como é o<br />
caso do etanol e dos biocombustíveis derivados de óleos<br />
vegetais.<br />
É sempre importante ter em mente o conceito de gases de efeito<br />
estufa (GEE), do qual o CO2 é apenas o paradigma do índice de medição<br />
de emissões. Outros gases, como o metano e o anidrido sulfuroso são<br />
extremamente perniciosos, enquanto poluidores atmosféricos,<br />
constituindo-se em uma das vantagens do uso de biomassa a emissão<br />
baixa ou nula destes gases.<br />
Comparando as duas estratégias de redução do impacto das<br />
emissões de GEE, o uso energético da biomassa é mais vantajoso que o<br />
seqüestro e fixação, pois:<br />
1. biocombustíveis e a biomassa energética em geral podem substituir,<br />
diretamente, os combustíveis fósseis;<br />
2. há menos incerteza nas medições das contribuições da biomassa<br />
energética que no seqüestro de carbono;<br />
3. o custo de investimento é menor, pois o seqüestro de carbono<br />
significa que, de alguma forma, a energia para a sociedade necessitará<br />
ser suprida;<br />
4. a redução de emissões pela biomassa energética é definitiva,<br />
enquanto as florestas de seqüestro, quando utilizadas para fins não<br />
permanentes, devolvem o CO2 à atmosfera;<br />
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