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Baixar arquivo - Conselho Federal de Psicologia

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com alguns trabalhos realizados, inclusive em colaboração com o professorGünther, se um motorista, por exemplo, comete um erro ou uma violação,ele o faz em função das seguintes razões: o ambiente físico permiteque ele faça isso sem danificar o seu veículo e a si mesmo; a fiscalizaçãodo cumprimento da norma não está sendo feita <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada, ouseja, com observação contínua e rígido cumprimento das consequênciasprevistas na lei; o ambiente social do trânsito daquela socieda<strong>de</strong> não apenaspermite, mas até incentiva esse tipo <strong>de</strong> comportamento, e algumasvariáveis individuais (ida<strong>de</strong> e um alto nível <strong>de</strong> agressivida<strong>de</strong>, por exemplo)contribuem para este tipo <strong>de</strong> comportamento. Em suma, po<strong>de</strong>-se afirmarque o participante tem a predisposição (características individuais) e aoportunida<strong>de</strong> (ambiente físico propício, fiscalização <strong>de</strong>ficiente e ambientesocial permissivo) para errar e violar regras <strong>de</strong> trânsito.Consi<strong>de</strong>rando que a interação entre aspectos disposicionais e situacionaisinfluencia os comportamentos dos participantes do trânsito,supõe-se que as intervenções preventivas <strong>de</strong> erros e violações <strong>de</strong>vemincluir medidas educativas, alterações no ambiente físico, mudança <strong>de</strong>atitu<strong>de</strong>, que necessariamente inclui modificações cognitivas (<strong>de</strong> crenças),afetivas (posicionamentos pró e contra) e comportamentais e alteraçõesnas normas <strong>de</strong> trânsito e nas formas <strong>de</strong> fiscalização do seu cumprimentonas vias. Essas ações, aplicadas conjunta e continuamente, parecem sero caminho mais óbvio para o aumento da segurança e da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vida coletiva no trânsito, por mais subjetivos que sejam esses conceitos.Diante <strong>de</strong>ssa obvieda<strong>de</strong>, por que erros e violações continuam com taxas<strong>de</strong> ocorrência tão altas? A resposta a essa pergunta po<strong>de</strong> ser iniciadacom a discussão sobre a complexida<strong>de</strong> que essas ações apresentam emum contexto que valoriza objetos e objetivos explicitamente relacionadosao risco e ao prazer imediato, como ilustra Fiorelli e Mangini (2009):Um <strong>de</strong>staque especial merece a publicida<strong>de</strong> que cerca oautomóvel, estimuladora <strong>de</strong>sse estado <strong>de</strong> coisas; ela baseia-seno binômio velocida<strong>de</strong> e sedução. Condução audaciosa,conquista sexual e sucesso compõem uma receita<strong>de</strong> bolo repetida à exaustão. A imagem <strong>de</strong> segurança e103

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