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Baixar arquivo - Conselho Federal de Psicologia

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Bem, mas para além disso tudo, aqui também é encantadora ai<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> discutir sobre os “entremeios”, as veredas, o caráter rizomáticodo movimento. A experiência <strong>de</strong> estar ENTRE apresenta possibilida<strong>de</strong>sexistências ao estar EM movimento, estabelecer pontos <strong>de</strong> contato,criar linhas <strong>de</strong> fuga, tanto <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias como da relação entre corpo eespaço, corpo e lugar, corpo e movimento. Ou ainda, percebendo que oENTRE está sempre, mesmo que estejamos fixados em um lugar, restanosa possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar formas <strong>de</strong> ressignificação dos lugarese do próprio movimento. Há o ENTRE mesmo na suposta imobilida<strong>de</strong>.Essa mesma que se emaranhou no título <strong>de</strong>sta mesa, como querendosurpreen<strong>de</strong>r-nos. Essa que é fruto <strong>de</strong> um recorte específico, o urbano,o lugar do engarrafamento, a suposta impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estar ENTRE.O sujeito sempre ENTRE em um mundo <strong>de</strong> muitas particularida<strong>de</strong>s modais<strong>de</strong> ir e vir, diria mais, <strong>de</strong> ser e estar.Mobilida<strong>de</strong> como atributo humano <strong>de</strong>sengana aos afoitos por sinônimos.O termo também está “entre”. Não é trânsito, mas faz parte<strong>de</strong>le, não é <strong>de</strong>slocamento, mas o compõe, associa-se à locomoção, masainda não é exatamente isso. Longe dos conceitos e <strong>de</strong> jargões panfletáriosou estigmatizadores das normas, <strong>de</strong> sinônimos equivocados e <strong>de</strong><strong>de</strong>finições padronizadas, mobilida<strong>de</strong> é também evasão e po<strong>de</strong> ser vistaa um só tempo como possibilida<strong>de</strong> e como ação, como <strong>de</strong>sejo e reparação,como lugar e não-lugar, como itinerância e modo <strong>de</strong> subjetivação.Sob protesto <strong>de</strong> alguns autores, como Milton Santos e RogérioHaesbaert, Augé (1994) caracteriza nesse meio, nesse entrevero, os lugaresda supermo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, que se <strong>de</strong>sarticularam do lugar antropológico,<strong>de</strong>sintegraram as relações i<strong>de</strong>ntitárias, relacionais e históricas eproduziram espaços vazios <strong>de</strong> sentido. A tensão presente entre lugar enão-lugar <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> oscilações inconstantes entre estar e não-estar.Auge (ib<strong>de</strong>m) especifica as medidas (ou <strong>de</strong>smedidas) do não-lugar citandoos modos presentes para garantir <strong>de</strong>slocamentos: vias aéreas,ferroviárias, rodoviárias, para citar alguns.Em meio a contrapontos entre lugar e não-lugar muito do movimentose dá em função do trabalho, da produção, do rendimento.Os espaços <strong>de</strong> circulação se tornam relevantes, sobretudo, por causa207

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