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Baixar arquivo - Conselho Federal de Psicologia

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político que conhecimentos e práticas têm ocupado na discussãoda mobilida<strong>de</strong>. INDIVÍDUO E SOCIEDADE. Lembro-me <strong>de</strong> que, porocasião da graduação – e isso remonta há alguns anos, é verda<strong>de</strong>– estudar <strong>Psicologia</strong> do Trânsito era, basicamente, localizar no indivíduoas características e as potencialida<strong>de</strong>s que levariam esse sujeitoa uma transgressão. Obviamente que hoje nós vamos ouvirque tal olhar é ultrapassado, que ninguém mais trata o assunto<strong>de</strong>ssa maneira tão limitada. Será? Será que nós <strong>de</strong> fato estamosquerendo extrapolar esse lugar que vê a liberda<strong>de</strong> apenas comouma questão individual e o espaço público apenas como um lócus<strong>de</strong> ação <strong>de</strong>sse indivíduo, sem levar em conta a dialética que constituirelações? Nesse sentido, a primeira provocação que quero fazeré: qual a visão <strong>de</strong> indivíduo e <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> que a <strong>Psicologia</strong> temsustentado? Por que nós temos dicotomizando essas duas esferas,em especial – consi<strong>de</strong>rando o tema em <strong>de</strong>bate – quando falamos na<strong>Psicologia</strong> do Trânsito? Precisamos dialogar com Vygotsky para melhorcompreen<strong>de</strong>r como nos fazemos sujeitos em socieda<strong>de</strong>, a partir<strong>de</strong> pertencimentos culturais, econômicos, etc. Temos mormente lidadocom estudos da mobilida<strong>de</strong> e, por consequência, do trânsito,sob uma perspectiva predominantemente, quando não estritamente,cognitivista, como se o simples conhecimento da lei e da normagarantisse, com maior eficiência, a obediência a ela. Por vezes, optasepor uma linha mais comportamental, no seu sentido mais conservador,tradicional e ortodoxo que intenta estabelecer uma série<strong>de</strong> controles externos a esse indivíduo, num simplismo punitivo quesustenta o engodo do controle absoluto: a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que ausência <strong>de</strong>infração advém exclusivamente do receio <strong>de</strong> ser punido, por exemplo.Como se nossa vida cotidiana fosse normatizada simplesmentepelas leis positivadas nos códigos formais e pelo temor das consequênciasresultantes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sobediências, o que reforça ainda mais ai<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que há um mundo interno e um mundo externo que possuemleis próprias e que a ciência há <strong>de</strong> dominar. Como é que, comopsicólogos, po<strong>de</strong>mos nos inserir nesse tema? Será que é passandonormas, explicando procedimentos, que nós vamos <strong>de</strong> fato conse-50

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