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Baixar arquivo - Conselho Federal de Psicologia

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não tem impacto na emissão <strong>de</strong> poluentes ou nos congestionamentos enão tem impacto <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> energia, a não ser a própria energia dapessoa, as <strong>de</strong>mais viagens, feitas por modos <strong>de</strong> transporte motorizadosconsomem recursos e causam impactos <strong>de</strong> maneira bem diferenciada.Quando nós pegamos essa divisão modal entre os meios <strong>de</strong> transportecoletivos e individuais, e consi<strong>de</strong>ramos a emissão <strong>de</strong> poluentes,com base na quilometragem rodada, é possível calcular a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>poluentes emitidos na atmosfera por cada modo <strong>de</strong> transporte. Então,aquela relação <strong>de</strong> uso, que era meio a meio, torna-se praticamente <strong>de</strong>dois terços para um terço, ou seja, dois terços <strong>de</strong> toda a poluição veicularé emitida pelos veículos <strong>de</strong> transporte individual: automóveis e motos, eapenas um terço pelos modos coletivos.Consi<strong>de</strong>rando outro indicador, no Brasil morrem por ano mais <strong>de</strong>35 mil pessoas em aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito. Isso é mais ou menos como secaísse um avião por dia nas cida<strong>de</strong>s brasileiras, nas nossas ruas. Quandocai um avião, há uma gran<strong>de</strong> mobilização, mas um número <strong>de</strong> mortesequivalente a isso, por dia, espalhado pelo país inteiro, não gera nasocieda<strong>de</strong> a mesma comoção, mas 35 mil mortes por ano sensibilizama área da Saú<strong>de</strong>, que sente isso em dois momentos: na hora do tratamentoe na hora <strong>de</strong> pagar a conta.A ANTP fez um estudo junto com o Ipea, em 2003, que calculouque o país per<strong>de</strong> seis bilhões <strong>de</strong> reais por ano em aci<strong>de</strong>ntes, apenas nasvias urbanas; <strong>de</strong>pois fizemos um estudo específico para as estradas: sãooutros 22 bilhões <strong>de</strong> reais por ano perdidos em custos diretos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,perda <strong>de</strong> equipamentos, danos materiais e custos <strong>de</strong> horas perdidas <strong>de</strong>trabalho, por morte, ou por invali<strong>de</strong>z temporária ou permanente.Há ainda uma abordagem interessante, que não é consi<strong>de</strong>rada nessascontas, e que a <strong>Psicologia</strong> usa muito, os chamados <strong>de</strong> custos invisíveis,que são os traumas, as sequelas geradas nas outras pessoas e não sóem quem é aci<strong>de</strong>ntado. Por exemplo, os profissionais que trabalham noatendimento às ocorrências, como bombeiros, equipes <strong>de</strong> resgate, quenão são vítimas dos aci<strong>de</strong>ntes, mas também sofrem impactos psicológicosmuito fortes <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>ssa convivência com essa situação agressiva.Esses dados, não monetizáveis, não entraram na nossa conta.141

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