sistematizar isso? A socieda<strong>de</strong> tem <strong>de</strong>manda por energia, tem <strong>de</strong>mandapor mobilida<strong>de</strong>, tem <strong>de</strong>manda por informação; por saú<strong>de</strong>. Na realida<strong>de</strong>,os direitos fundamentais na Constituição são os que mais falam <strong>de</strong>ssaquestão coletiva. No entanto, quando nós vamos para o Código Civil, oCódigo Civil <strong>de</strong> 2002, contemplará a proprieda<strong>de</strong> privada. Por isso é, quea norma é importante, a legislação em termos da concepção <strong>de</strong>la, porqueela vai nos dirigir em termos <strong>de</strong> funcionamento coletivo e nós vamospo<strong>de</strong>r ser sancionados em relação a isso.Eu trouxe um exemplo <strong>de</strong> como po<strong>de</strong>ríamos pensar isso, sistematizarisso: infraestrutura para o trânsito e para o sistema geral do meio<strong>de</strong> transporte. Falando uma categoria maior <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>. Processos<strong>de</strong> atendimento à <strong>de</strong>manda da socieda<strong>de</strong>, nós po<strong>de</strong>ríamos, por exemplo,fazer uma divisão em três etapas <strong>de</strong> uma maneira bem geral. Ouseja, produzir isso, que seria mais uma parte <strong>de</strong> construção mesmo.Distribuir isso, que envolve mais uma questão <strong>de</strong> logística, como issovai ser <strong>de</strong>senvolvido e usado, nada mais é do que como que eu vou consumirisso que está sendo colocado. Por exemplo, para o trânsito, o queeu preciso, infraestrutura <strong>de</strong> trânsito. Po<strong>de</strong>mos falar <strong>de</strong> ruas, estradas,vias férreas, vias fluviais. Nós po<strong>de</strong>mos falar <strong>de</strong> vias áreas também. Porque não? Terminais rodoviários e aeroportos. E no momento em que eucomeçar a i<strong>de</strong>ntificar em cada uma <strong>de</strong>ssas fases., eu teria o psicólogotrabalhando em uma equipe multidisciplinar, ele também teria <strong>de</strong> ter,no entendimento <strong>de</strong>ssa visão, não essas etapas, que tipo <strong>de</strong> riscos sãopossíveis <strong>de</strong> acontecer naquela etapa <strong>de</strong> produção. Por exemplo, nainfraestrutura do trânsito, <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> ambientes por meio da novaconstrução, da manutenção ou ampliação das estradas, pontes ou linhas<strong>de</strong> metrô. Estamos presenciando, na gran<strong>de</strong> São Paulo, gran<strong>de</strong>alteração que está havendo nas marginais, para duplicar as marginaisnas pontes e isso, naturalmente, faz que haja uma alteração nesse ambienteque po<strong>de</strong> vir a somar a um efeito <strong>de</strong> catástrofe, as pessoas po<strong>de</strong>magravar os efeitos <strong>de</strong> uma catástrofe, na questão da distribuição,por exemplo, aci<strong>de</strong>ntes durante a execução da logística, da entrega <strong>de</strong>materiais, quando o material <strong>de</strong> construção, o <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> profissionaise, no caso, no uso, por exemplo, po<strong>de</strong>ríamos i<strong>de</strong>ntificar algumas122
coisas. Por exemplo, o ruído durante a utilização das ruas, estradas, viasférreas, fluviais e aéreas. Temos trânsito <strong>de</strong> veículos privados, públicosou comerciais, trânsito <strong>de</strong> trens, <strong>de</strong> metrô, <strong>de</strong> aviões. Temos também aparte do trânsito aéreo. Trânsito fluvial. Enfim, nós teremos <strong>de</strong> sistematizarcomo uma forma <strong>de</strong> estratégia disso. Aon<strong>de</strong> é que vamos buscarna <strong>Psicologia</strong> fundamento para trabalhar com isso? Existe a teoria<strong>de</strong>senvolvida por Roger Barker, que dá uma sustentação teórica muitointeressante, que é a teoria do behavior setting. O que é o <strong>de</strong>sastre? Senós pensarmos nesses behavior settings do trânsito, o <strong>de</strong>sastre nadamais é do que um evento que inva<strong>de</strong> esse behavior setting <strong>de</strong> seu funcionamento– bom ou mau, não nos interessa – comum, diário e alteratoda sua estrutura e seu funcionamento. Aqui, temos, então, tambémum conflito <strong>de</strong>sse aparato que é todo movimentado para entrar emação na hora do evento em si, querendo entrar no behavior setting,querendo entrar nesse cenário. Pessoas querendo sair <strong>de</strong>sse cenário,pessoas que não têm dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> locomoção, pessoas <strong>de</strong>ficientesvisuais, pessoas que estão na rua, pessoas que estão ouvindo aqui no<strong>Conselho</strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong>, no <strong>Conselho</strong> Regional <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong> sobre <strong>de</strong>sastres,<strong>de</strong> repente, isso inva<strong>de</strong>. Há toda uma alteração e a importância <strong>de</strong> nósestudarmos isso: é justamente <strong>de</strong> saber como po<strong>de</strong>mos sistematizarisso, i<strong>de</strong>ntificando cada um <strong>de</strong>sses eventos, porque é diferente, porexemplo, um fato <strong>de</strong>sses que ocorre no trânsito terrestre do que ocorreno aéreo. Se ele está no centro da cida<strong>de</strong> ou se ele está fora da cida<strong>de</strong>.Po<strong>de</strong>mos i<strong>de</strong>ntificar algumas ações como, por exemplo, andar na rua,dirigir um auto, andar <strong>de</strong> ônibus, ou, então, um cenário envolvendotrem. Temos uma série <strong>de</strong> eventos que vão acontecendo e que nessemomento eu vou ter uma visualização on<strong>de</strong> que nós como psicólogospo<strong>de</strong>mos intervir e qual é a contribuição que posso dar para esseevento. É aquela famosa fórmula do nosso amigo Kurt Levin. Ele revolucionoua <strong>Psicologia</strong>. Aqui, no Brasil, muitas vezes, ele não é visto comoum fator, assim, tão revolucionário, mas ele revolucionou a <strong>Psicologia</strong>.Pelo simples fato <strong>de</strong> ele colocar naquela formula C = f (PxA), ou seja,comportamento igual à função da pessoa com o ambiente. No momentoem que ele colocou o ambiente, conseguiu revolucionar, porque123
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