tracurriculares <strong>de</strong> conteúdo, espaços <strong>de</strong> relações, mas também se dá organizadapela socieda<strong>de</strong> civil, pelos movimentos sociais, pelas pastorais,pelas campanhas, por tudo que já conhecemos. A educação em todosos campos, porque se nós estamos aqui <strong>de</strong>safiados a pensar no espaçourbano ou no espaço rural, espaço esse em que o sujeito vive, ela se dáem todos os campos, em todos os tempos e também ao largo da vida.No campo da música, então, nós po<strong>de</strong>ríamos dizer: “Alguma coisaacontece no meu coração”. Acontece no meu coração, na avenida SãoJoão, por exemplo, que é o espaço da cida<strong>de</strong>, da rua, que é embebido <strong>de</strong>história <strong>de</strong> quem passou por lá, <strong>de</strong> quem construiu aquele lugar. É construídono tempo e no espaço, já foi uma história, hoje é outra história,tem outro jeito, outra cara. Tanto o espaço físico quanto os sujeitos quelá vivem. Se algum dia o espaço já foi glamouroso, hoje po<strong>de</strong>mos acharque não é tanto mais, mas por quê? Porque não é mais a classe alta, nãoé mais a elite que circula lá, é a classe popular. Mas qual é o problema?On<strong>de</strong> está o problema? Começo a pensar no espaço da cida<strong>de</strong> comoespaço educador. São Paulo a<strong>de</strong>riu ao conceito <strong>de</strong> cida<strong>de</strong> educadora emum termo <strong>de</strong> compromisso que diz que a cida<strong>de</strong> em todos os seus segmentos,em todas as suas secretarias, em todo o seu plano diretor, precisacuidar da cida<strong>de</strong> como lugar <strong>de</strong> aprendizagem. Então, educação ou espaçoeducador não é um <strong>de</strong>ver do professor ou da escola, é um <strong>de</strong>ver <strong>de</strong>todo sujeito que vive naquele lugar ou naquele contexto.A cida<strong>de</strong> educadora jamais permitirá continuar cantar: “Moroon<strong>de</strong> não mora ninguém, on<strong>de</strong> não passa ninguém, on<strong>de</strong> não vive ninguém.É lá on<strong>de</strong> moro e eu me sinto bem”, porque, se eu estou aquitratando das relações sociais, tratando do espaço urbano, tratando dahistória do sujeito, da construção, da intervenção <strong>de</strong>le nessa cida<strong>de</strong>que tem o <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> ser a cara <strong>de</strong>ssa pessoa. Eu me sinto bem quandonão estou com ninguém que me faz sujeito pleno <strong>de</strong> direitos e <strong>de</strong> <strong>de</strong>veres,que dialoga, que vive e que convive em espaços públicos e privados.Pensar que me sinto melhor on<strong>de</strong> não tem ninguém! On<strong>de</strong> está a nossaconcepção, como diz o professor, <strong>de</strong> ser humano, <strong>de</strong> humano? On<strong>de</strong>ficou, em nossa história, a valorização do humano da humanida<strong>de</strong>, dasensibilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> continuar amando, sonhando e96
ealizando? Nessa questão do cuidado do sujeito, do cuidado do humano,do cuidado da história e <strong>de</strong> permitir sonhar uma <strong>de</strong> nossas cida<strong>de</strong>s,que também fazem parte da re<strong>de</strong> educadora, tem uma experiência queestá sendo ampliada nesses anos, que é o bairro escola, pensando obairro e a escola, a escola no bairro e o bairro na escola como espaços<strong>de</strong> aprendizagem e <strong>de</strong> relações sociais para além do espaço da sala <strong>de</strong>aula. Então o que o bairro propicia ao sujeito aprendiz, às nossas criançasque estão ali naquele momento, que torna possível que tenhamum processo <strong>de</strong> ir e vir e, ao mesmo tempo, que elas interajam com suaeducação formal, mas também com a construção da sua história <strong>de</strong>vida como sujeitos históricos que vão mudar a realida<strong>de</strong> em que vivem.E uma das gran<strong>de</strong>s preocupações <strong>de</strong>ntro do bairro escola era a questãoda mobilida<strong>de</strong>, , não só a mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> as crianças saírem do espaçoda escola para frequentar outro espaço, mas a mobilida<strong>de</strong> inclusive dotempo e do espaço que o próprio sujeito faz <strong>de</strong>ntro da escola, <strong>de</strong>ntroda sala <strong>de</strong> aula, na relação com o outro, no respeito ao espaço do outroe no olhar crítico para observar o que é o que naquele trajeto ou comofoi construído seu bairro – o outro sujeito que construiu antes <strong>de</strong>le tevea preocupação <strong>de</strong> pensar no humano que está no seu trajeto <strong>de</strong> ir e vir.Tem calçada? A cida<strong>de</strong> é pensada para o carro? A cida<strong>de</strong> é pensada parao sujeito? A cida<strong>de</strong> é pensada para a bicicleta? Qual o tamanho <strong>de</strong>ssacida<strong>de</strong>? Qual o tamanho <strong>de</strong>sse bairro? O que tem lá que precisa mudar?Em São Paulo temos um evento <strong>de</strong> outra experiência, que é a escolabairro, na Vila Madalena: o processo todo foi organizado pela EscolaAprendiz, que é uma ONG, e com os moradores e os sujeitos das escolaspúblicas e privadas e os moradores das vilas, das ruas populares, das casasda Vila Madalena. Como em todo bairro <strong>de</strong> São Paulo, temos todasas classes misturadas. E a integração que eles conseguiram fazer entreo espaço público, o espaço privado e as relações sociais que se dão ounão se dão nesses espaços foi fundamental para a transformação damobilida<strong>de</strong> do bairro. Quem não conhece ainda e tiver um dia a oportunida<strong>de</strong><strong>de</strong> conhecer, inclusive vilas e becos que estavam impedindo otrajeto por conta da segurança pública – privada, porém pública, porqueela <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> alguns e não todos –, espaços que foram liberados e97
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