Esse é o dado <strong>de</strong> 2007. No dado <strong>de</strong> 2008, ela caiu um ponto percentual.Passou a ser <strong>de</strong> 24%, mas ainda assim é a principal preocupaçãodo órgão ambiental. O inventário <strong>de</strong> fontes da Região da Gran<strong>de</strong>Vitória, em se tratando <strong>de</strong> PM10, que é aquele material particuladomais fino <strong>de</strong>ntro da nossa legislação, fontes móveis correspon<strong>de</strong>m a7,53%. A ativida<strong>de</strong> pelotizadora (formação <strong>de</strong> pelotas <strong>de</strong> minério <strong>de</strong>ferro), a aproximadamente 57%, si<strong>de</strong>rurgia, a 26% e as <strong>de</strong>mais ativida<strong>de</strong>saqui aos restantes 9,18%. Para as Partículas Totais em Suspensão(PTS), também relacionadas mais a características <strong>de</strong> incômodo,a ativida<strong>de</strong> mineradora sobe para quase 60%, e a si<strong>de</strong>rúrgica, 24%,pedreiras e outras formas <strong>de</strong> poluição respon<strong>de</strong>m pelo restante. Existeminventário dos outros poluentes, mas o material particulado éo mais preocupante para a Região da Gran<strong>de</strong> Vitória. Po<strong>de</strong>mos citartambém o dióxido <strong>de</strong> enxofre (SO2) emitido pela queima <strong>de</strong> combustíveisfósseis, como, por exemplo, ônibus, caminhões, automóveismovidos a diesel, principalmente com a alta composição <strong>de</strong> enxofre.As fontes móveis representam cerca <strong>de</strong> 1,6% da emissão na Região daGran<strong>de</strong> Vitória, sendo a principal contribuição <strong>de</strong> natureza industrial.Temos dióxido <strong>de</strong> nitrogênio, também emitido <strong>de</strong> forma bem significativapela ativida<strong>de</strong> veicular, chega a 16,79%. Lembrando que a frotaveicular do Espírito Santo todo é em torno <strong>de</strong> um milhão e trezentosmil veículos, enquanto estamos falando <strong>de</strong> cinco milhões <strong>de</strong> veículossó na região metropolitana <strong>de</strong> São Paulo. Outras fontes <strong>de</strong> SO2 sãoa si<strong>de</strong>rurgia, com 18%, e a ativida<strong>de</strong> pelotizadora com 63%. Temostambém o monóxido <strong>de</strong> carbono, aquele com a afinida<strong>de</strong> químicacom a hemoglobina, extremamente perigoso. Ele é muito significativona ativida<strong>de</strong> veicular, mesmo para a Região da Gran<strong>de</strong> Vitória, quetem uma característica <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> poluição atmosférica e eminentementeindustrial. A ativida<strong>de</strong> veicular correspon<strong>de</strong> a 99,66%da emissão <strong>de</strong>sse poluente. Quando se tira uma média <strong>de</strong> tudo isso, acontribuição veicular da Região da Gran<strong>de</strong> Vitória respon<strong>de</strong> por aproximadamente16% do total <strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> poluentes atmosféricos.Quando se pensa, por exemplo, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, isso sobe para algumacoisa da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 80%. Na região Metropolitana <strong>de</strong> São Paulo,132
isso sobe para alguma coisa da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 90%. Então, embora nossafrota veicular cresça substancialmente, ela ainda possui uma contribuiçãopequena, comparada com a ativida<strong>de</strong> industrial em outrosgran<strong>de</strong>s centros urbanos, principalmente da Região Su<strong>de</strong>ste.Outro problema da Região da Gran<strong>de</strong> Vitória e <strong>de</strong> outras localida<strong>de</strong>sdo país é a poeira sedimentável. Os objetos ficam completamenteimpregnados <strong>de</strong> poeira. Seria aquele material particuladomais grosseiro, gerado mecanicamente, que não tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>a<strong>de</strong>ntrar no sistema respiratório, mas que também é um problema enão é contemplado por nossa legislação. Estamos com um convêniocom a Universida<strong>de</strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> do Espírito Santo, lá na Região da Gran<strong>de</strong>Vitória, para estudar a característica <strong>de</strong>ssa poeira sedimentável e ageração <strong>de</strong>la, objetivando alcançar um padrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do arpara aten<strong>de</strong>r os anseios e a necessida<strong>de</strong> da população com relação aesse problema ambiental. Então, além dos parâmetros regulamentadospela nossa legislação — monóxido <strong>de</strong> carbono, dióxido <strong>de</strong> enxofre,dióxido <strong>de</strong> nitrogênio, ozônio, material particulado (PM10 e PTS) —nós ainda monitoramos o hidrocarboneto, que é um indicativo doozônio, apesar <strong>de</strong> não ter padrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, e também a poeirasedimentável, por causa do incômodo que ela causa à população.Temos imagens <strong>de</strong> campanha <strong>de</strong> coleta da poeira sedimentável,diferenciando inclusive os pontos <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> poeira danossa re<strong>de</strong> e <strong>de</strong> menor <strong>de</strong>posição. Curiosamente, o ponto <strong>de</strong> maior<strong>de</strong>posição <strong>de</strong> poeira sedimentável é o ponto próximo a uma via <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> circulação, que é a estação da Enseada do Suá. Inclusive, asprimeiras análises já mostraram que a nossa poeira sedimentável temuma contribuição significativa do material gerado pela emissão veicular,apesar <strong>de</strong> ser um material mais fino, nocivo à saú<strong>de</strong>. Em situações<strong>de</strong> <strong>de</strong>posição úmida, causada pela chuva ou pela <strong>de</strong>posiçãoseca, em situações <strong>de</strong> calmaria, quando não se tem uma velocida<strong>de</strong>do vento para transportar esse material, ele acaba se sedimentandoe também fazendo parte da poeira sedimentável. Aqui é a re<strong>de</strong> <strong>de</strong>monitoramento automático da qualida<strong>de</strong> do ar da Região da Gran<strong>de</strong>Vitória, composta <strong>de</strong> oito estações. A Região da Gran<strong>de</strong> Vitória133
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