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Baixar arquivo - Conselho Federal de Psicologia

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ilida<strong>de</strong> pendular, recru<strong>de</strong>scida exatamente por esta mercantilizaçãodo espaço, <strong>de</strong>fine o estranhamento <strong>de</strong> segundo grau a que os moradoresestão expostos, diante dos longos percursos diários. Po<strong>de</strong>ria sertraduzida como um dos conteúdos da urbanização, mas seria precisoalçá-la à noção do tempo obrigatório 29 . Tempo da cotidianida<strong>de</strong>, retiradoda vida social e humana, esvaziado <strong>de</strong> relações sociais vivas,cumprindo a função estrita do movimento casa-trabalho e a funçãohistórica <strong>de</strong> <strong>de</strong>stituição da subjetivida<strong>de</strong> humana, pela humilhação eredução da experiência urbana, que significa.Em relação à temática – mobilida<strong>de</strong> do trânsito e mobilida<strong>de</strong> humana–, seria preciso consi<strong>de</strong>rar que a mobilida<strong>de</strong> do trânsito não po<strong>de</strong>ser <strong>de</strong>sprezada, pois as periferias, hoje, estão a horas dos lugares possíveis<strong>de</strong> trabalho – chegando a mais <strong>de</strong> três horas, em alguns casos.Se o trabalhador tem passe ou ajuda <strong>de</strong> custo para transporte,quando o tem, <strong>de</strong>svia essa verba para outros usos e anda a pé, mais doque se imagina 30 .Carro, sim, alguns têm; alguns, perante os milhões que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>mdo transporte coletivo. Houve e há movimentos urbanos que continuama lutar não só pelo transporte coletivo, mas por seu trajeto – o que ébem significativo –, na tentativa <strong>de</strong> reduzir o tempo obrigatório gasto nacirculação. Psicologicamente, o que significa?O homem comum e pobre convive com uma série <strong>de</strong> formas <strong>de</strong>humilhação, que reproduzem as sujeições sociais. O tempo obrigatórioé um tempo cotidiano e não é menor na explicação das diferençassociais e na sua reprodução.Em uma concepção reconhecida em bibliografia geográfica significativa,o espaço social se realiza enquanto vivência, social e individual,redutora <strong>de</strong> experiências possíveis – uma noção ampliada <strong>de</strong> sobrevi-29 GEORGE, Pierre. Geografia Urbana. São Paulo: Difel, 1983. Texto original datado <strong>de</strong>1961, sob o título <strong>de</strong> Précis <strong>de</strong> géographie urbaine.30 ROCHA, Alexandre Souza da. Centralida<strong>de</strong> e Periferia na Gran<strong>de</strong> São Paulo – Abordagemcrítica sobre o morar na periferia da metrópole. Dissertação <strong>de</strong> Mestrado. São Paulo:Departamento <strong>de</strong> Geografia, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universida<strong>de</strong><strong>de</strong> São Paulo, 2000.195

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