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Baixar arquivo - Conselho Federal de Psicologia

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individuação, os sujeitos se integram ao espaço e buscam <strong>de</strong>limitações<strong>de</strong> lugares, territórios, referências geográficas que também inci<strong>de</strong>m sobrea construção <strong>de</strong> referências da cultura, um lugar antropológico,uma [...] construção concreta e simbólica do espaço que não po<strong>de</strong>riadar conta, somente por ela, das vicissitu<strong>de</strong>s e contradições da vida social[...] (AUGÉ, 1994, p. 50-51). Sob o olhar antropológico, os lugarespossuem pelo menos três características em comum: são i<strong>de</strong>ntitários,relacionais e históricos. Pelo olhar da psicologia, argumento que os lugaressão subjetivos, subjetivados, uma vez que a cada momentoos ressignificamos, a cada movimento nos reapropriamos <strong>de</strong>les e <strong>de</strong>nós mesmos. Essa análise nos permite avançar no paradoxo fixaçãonomadismoe em que marca cultural e i<strong>de</strong>ológica estão assentadosos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> ir e vir e na forma como estabelecemos relações como espaço. Em situações <strong>de</strong> transitorieda<strong>de</strong> que se colocam como permanentesno cotidiano, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar os modos <strong>de</strong> se <strong>de</strong>slocarcomo modos e processos <strong>de</strong> subjetivação, tanto como o são a música, amoda ou outro aparato i<strong>de</strong>ológico qualquer. In mobilis os processos <strong>de</strong>subjetivação dos lugares, a paisagem, a passagem nos percursos diáriosou esporádicos se constituem em tentativas <strong>de</strong> tornar a vida viável,possível. Bourdin, em A questão local nos diz:Mais que uma socieda<strong>de</strong> sem territorialida<strong>de</strong>, sem local, a mobilida<strong>de</strong>generalizada produz uma socieda<strong>de</strong> cujos territórios sãoconstruídos a partir do movimento e on<strong>de</strong> o local se fundamentana diferença das mobilida<strong>de</strong>s. (Bourdin, A questão local, 2001:69,citado por Costa, 2007:237)Retomando Augé, como lugar antropológico consi<strong>de</strong>ra-se a geometriae a geografia como <strong>de</strong>marcação <strong>de</strong> itinerários. Subjetivamente, asatribuições <strong>de</strong> sentidos dos itinerários, eixos ou caminhos refletem a formacomo estabelecemos relações e nos fazemos existência. Deslocamos<strong>de</strong> um lugar a outro mais que o corpo e as coisas carregadas. Desloca-sejunto uma i<strong>de</strong>ia do lugar aon<strong>de</strong> vamos. Entre um lugar e outro lugar,mediados pelo movimento, está a paisagem, a passagem, o não-lugar.205

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