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Baixar arquivo - Conselho Federal de Psicologia

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A mobilida<strong>de</strong> do trânsito sinaliza, em seu fundamento, não somente umproblema <strong>de</strong> circulação, stricto sensu, mas os termos da produção socialgeral e do mundo mercantil, enquanto vivência problemática da subjetivida<strong>de</strong>humana. A migração pendular nas cida<strong>de</strong>s cumpre as distânciasdo lugar <strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong> moradia, em um universo mercantil; universoeste que produz a segregação socioespacial e amplia as distâncias físicase sociais, apesar do aparato técnico à disposição, encurtando distâncias,como o metrô, por exemplo – sem consi<strong>de</strong>rar que diante da dimensão daproblemática da circulação diária da população, ele ainda pouco significa.Ainda a consi<strong>de</strong>rar que este aparato material e técnico valoriza os lugarese equivale, também, à expropriação <strong>de</strong> sua população originária (potencialmente).As exigências do sistema <strong>de</strong> circulação acabam por tornar as gran<strong>de</strong>svias espaços produtivos, no sentido, por exemplo, <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir sistemascondominiais nas suas proximida<strong>de</strong>s, e, atualmente, estruturas logísticasapropriadas à circulação mais rápida das mercadorias. Aqui a noção <strong>de</strong> separaçãose explicita: a cisão na proximida<strong>de</strong> 44 .A mobilida<strong>de</strong> do trânsito ampliada e re<strong>de</strong>finida como mobilida<strong>de</strong>humana aprofunda sua concepção, no interior <strong>de</strong> uma teoriacrítica, pois se aproxima da essência da problemática em questão:a mobilida<strong>de</strong> do trabalho, ampliada como mobilida<strong>de</strong> do habitat,consi<strong>de</strong>rando a produção do espaço e sua valorização, nos termoshistóricos <strong>de</strong> realização da mobilida<strong>de</strong> humana.A mobilida<strong>de</strong> do trabalho, inerente à realização da socieda<strong>de</strong>mo<strong>de</strong>rna, que equivale a <strong>de</strong>semprego, mudança <strong>de</strong> emprego, migraçõesinternas e externas – nacionais, regionais, internacionais–, enfim, a crise do trabalho, também implica a mobilida<strong>de</strong> pendularcotidiana, como tempo obrigatório da cotidianida<strong>de</strong>.Po<strong>de</strong>mos, como dissemos anteriormente, indicar no interiorda mobilida<strong>de</strong> do trabalho, a mobilida<strong>de</strong> do habitat, diante dasvalorizações constantes do espaço produzido, propondo novascentralida<strong>de</strong>s. A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> superação da cotidianida<strong>de</strong>posta, sem atingir os conteúdos fundamentais <strong>de</strong>s-44 DEBORD, Guy. Le déclin et la chute <strong>de</strong> l’économie spectaculaire-marchan<strong>de</strong>.Abbeville: Jean-Jacques Pauvert Aux Belles Lettres, 1993.201

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