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Baixar arquivo - Conselho Federal de Psicologia

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tas e isso envolve um posicionamento e um comprometimento pessoalquando discutimos redução <strong>de</strong> risco e vulnerabilida<strong>de</strong>. Quando você vêuma mãe que <strong>de</strong>ixa uma criança <strong>de</strong> cinco, seis anos e que não sabe atravessara rua ir à escola só, você se pergunta o porquê disso. Porque elatem <strong>de</strong> sair <strong>de</strong> casa às quatro da manhã para pegar um ônibus, para po<strong>de</strong>rchegar no trabalho duas horas <strong>de</strong>pois. Meus estagiários ficaram impressionadosporque uma criança <strong>de</strong> cinco anos, quando acabou a ativida<strong>de</strong><strong>de</strong> grupo, na brinquedoteca da Unida<strong>de</strong> Básica <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS), disse:eu já vou para casa. A estagiária perguntou: “Mas chegou alguém parabuscar você?” Ela disse: “Não, eu já sou gran<strong>de</strong>. Eu vou para casa. Minhamãe me <strong>de</strong>ixa ir só”. E a estagiária ficou assustadíssima e a acompanhou,sem ela ver, para verificar se ela chegava a sua casa, porque ela precisavaatravessar uma rua muito movimentada. Esse é apenas um exemplo doque acontece no cotidiano <strong>de</strong> muitas crianças.Então, às vezes, quando fazemos certas pontuações, nós precisamosnos apegar a todos esses <strong>de</strong>talhes do cotidiano e isso é trabalho do psicólogo.Quando discutimos a análise social das emergências e dos <strong>de</strong>sastres,quem é afetado pelas emergências e pelos <strong>de</strong>sastres, como po<strong>de</strong>mostrabalhar com a prevenção das emergências e dos <strong>de</strong>sastres, a ênfaseestá nas abordagens ampliada das capacida<strong>de</strong>s e das vulnerabilida<strong>de</strong>sda relação pessoa e da comunida<strong>de</strong>. A questão da análise social é quese você procurar na literatura disponível, a maioria dos textos sobre <strong>de</strong>sastrescontempla uma visão individual dos sobreviventes, i<strong>de</strong>ntificandoas patologias mais frequentes após um <strong>de</strong>sastre. É raro encontrar umartigo sobre comunida<strong>de</strong>s e o que elas fizeram para se capacitar. Então,nós precisamos nos envolver com esse tipo <strong>de</strong> trabalho. O que está sendofeito para tornar essas comunida<strong>de</strong>s mais seguras, mais capacitadas paraenfrentar esse tipo <strong>de</strong> situação?De que forma o psicólogo po<strong>de</strong> trabalhar para isso? Uma possibilida<strong>de</strong>seria o empo<strong>de</strong>ramento, que já foi discutido hoje. Muitas vezes, discutirprevenção com a comunida<strong>de</strong> é expor suas vulnerabilida<strong>de</strong>s, porquequando você chega à comunida<strong>de</strong> e as pessoas começam a falar do quenão existe em termos <strong>de</strong> serviços e condições, isso obrigatoriamente levaa uma reflexão sobre cidadania e direitos. Uma das formas <strong>de</strong> o psicólogo114

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