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Baixar arquivo - Conselho Federal de Psicologia

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Em uma <strong>de</strong>talhada revisão sobre os conceitos <strong>de</strong> territorialização,Costa (2007) 50 analisa o pensamento <strong>de</strong> Deleuze e <strong>de</strong> Guattari e i<strong>de</strong>ntificanos autores a noção <strong>de</strong> espaço como processo, <strong>de</strong>vir. Em uma cartografiada multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conceitos, Deleuze e Guattari constitueme <strong>de</strong>sintegram a concepção <strong>de</strong> território e problematizam radicalmenteos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sterritorialização, passíveis <strong>de</strong> ser vividos pelos indivíduose grupos (e aqui há uma gran<strong>de</strong> contribuição para pensarmosa relação entre <strong>Psicologia</strong> e mobilida<strong>de</strong>), consi<strong>de</strong>rando três linhas <strong>de</strong>segmentarida<strong>de</strong>: rígida ou molar (se<strong>de</strong>ntário), flexível ou molecular(migrante) e as linhas <strong>de</strong> fuga que representam a “<strong>de</strong>sterritorializaçãoabsoluta” (nôma<strong>de</strong>). Esta última, permitiria uma (<strong>de</strong>s)articulação entreespaço e movimento/mobilida<strong>de</strong> que levaria ao encontro com o <strong>de</strong>sconhecido,o acaso ou o que ainda não existe. Nesse possível encontrose reorganizam as formas <strong>de</strong> agenciamentos maquínicos <strong>de</strong> corpos ecoletivos <strong>de</strong> enunciação em um movimento constante <strong>de</strong> <strong>de</strong>sterritorializaçãoe reterritorialização. Existem alguns estudos, feitos atualmentena Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> São Paulo (Unesp), por um grupo <strong>de</strong>pesquisa interessantíssimo, que estuda os andarilhos. Quem sabe nofuturo não tenhamos essas pessoas para acrescentar essa perspectivada mobilida<strong>de</strong> a partir do andarilho, que chamam também <strong>de</strong> errantes,trecheiros. São vários os termos atribuídos, no entanto se aproximambastante da i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> Deleuze e <strong>de</strong> Guattari quando falam da <strong>de</strong>sterritorializaçãoabsoluta. São essas pessoas que chegam nas gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s,constituem-se como população <strong>de</strong> rua e algumas <strong>de</strong>las <strong>de</strong> fatose tornam usuário dos Centros <strong>de</strong> Atenção Psicossocial (Caps) ou <strong>de</strong>instituições psiquiátricas. José Sterza Justo 51 tem um texto maravilhosoem que discute essas questões.50 COSTA, R. H. da. O mito da <strong>de</strong>sterritorialização: do ‘fim dos territórios’ àmultiterritorialida<strong>de</strong>, Rio <strong>de</strong> Janeiro: Bertrand Brasil, 2007.51 Justo J. S. Saú<strong>de</strong> mental em trânsito: loucura e condição <strong>de</strong> itinerânciana socieda<strong>de</strong> contemporânea. In: BOARINI, M. L. et al, (Orgs.). Desafios na atençãoà saú<strong>de</strong> mental. Maringá: Eduem, pp. 9-29, 2000.206

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