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Baixar arquivo - Conselho Federal de Psicologia

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A retenção <strong>de</strong>ssa documentação, quando ela existe, não é umaexceção, mas uma prática reinci<strong>de</strong>nte 27 .À mobilida<strong>de</strong> do trabalho, necessária à constituição <strong>de</strong> uma massa<strong>de</strong> trabalhadores disponível para novas rotações <strong>de</strong> capital, acresce-sea mobilida<strong>de</strong> do habitat, quando a produção do espaço urbano tornasecentral, entre os negócios capitalizados, e envolve uma economiapolítica do espaço, que o produz enquanto raro e, economicamente,produtivo; espaço antes menos capitalizado. Assim, o processo <strong>de</strong> urbanizaçãoinclui a expropriação social, ao mesmo tempo que a exploraçãodo trabalho. Uma concepção inauguradora <strong>de</strong> seus conteúdos éaquela sobre a espoliação urbana, por Lucio Kowarick 28 .Quando há perspectiva <strong>de</strong> consolidação <strong>de</strong> centralida<strong>de</strong>s subordinadasnas periferias (gran<strong>de</strong>s avenidas, como eixos <strong>de</strong> circulação),logo há quem garanta a sua soli<strong>de</strong>z – apesar da informalida<strong>de</strong> dosloteamentos – pela presença <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s re<strong>de</strong>s comerciais, como asCasas Bahia, por exemplo, e re<strong>de</strong>s bancárias, como o Banco Bra<strong>de</strong>sco.Po<strong>de</strong>-se falar <strong>de</strong> uma estratificação espacial das centralida<strong>de</strong>s: <strong>de</strong>centralida<strong>de</strong>s locais – que facilitam a vida cotidiana da populaçãoem sua mobilida<strong>de</strong> diária e oferecem os serviços e comércio básicos– às regionais (na mesma zona da metrópole) – que incluem as re<strong>de</strong>scomerciais e <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> maior porte às metropolitanas – cujoacesso é mais reduzido e que po<strong>de</strong>m incluir uma inserção profissionalnecessária à sobrevivência – e assim por diante. Portanto, trata-se da<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> relativa da composição orgânica do espaço.Ao mesmo tempo tem-se a produção <strong>de</strong> novas centralida<strong>de</strong>s,que conduzem à mobilida<strong>de</strong> espacial da população originária do lugare a empurra para a fronteira <strong>de</strong>ssa nova nucleação.Se a história recente do capitalismo, <strong>de</strong> pelo menos um século,expõe a produção do espaço urbano como negócio lucrativo, a mo-27 DAMIANI, Amélia Luisa. Na busca das favelas o encontro do ‘peão’ que permanece– as favelas <strong>de</strong> Cubatão num quadro <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do centro petroquímicosi<strong>de</strong>rúrgico.Dissertação <strong>de</strong> mestrado. São Paulo: Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Filosofia, Letras e CiênciasHumanas da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, 1984.28 KOWARICK, Lúcio. A espoliação urbana. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Paz e Terra, 1979.194

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