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Baixar arquivo - Conselho Federal de Psicologia

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se fazendo a partir <strong>de</strong>sse título: Desconstruindo Helenas 48 , mas não seique Helenas são essas. Descobriremos juntos.Pensar o fenômeno da ‘movimentação humana’ em nossos diasé consi<strong>de</strong>rar a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usos (e abusos) do espaço público e osmodos <strong>de</strong> subjetivação inerentes ao constructo adverso das relaçõese pactos sociais engendrados a conflitos <strong>de</strong> toda sorte, evi<strong>de</strong>nciadosquando estamos em trânsito. Em quase todo lugar hoje em dia é possívelestar conectado, em sintonia com a velocida<strong>de</strong> dos nossos tempos.Vindo no Air Bus, no ônibus do aeroporto <strong>de</strong> Guarulhos para SãoPaulo, fui surpreendida com um ônibus que já tem wireless, duas mesinhas<strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong> maneira que as pessoas que chegam a negócios,<strong>de</strong>sembarcam, embarcam no ônibus e já po<strong>de</strong>m continuar trabalhando.Então, o recorte da produção, esse território, mesmo em movimento,on<strong>de</strong> temos a impressão <strong>de</strong> estar parados, tem a ver com o manter-seprodutivo e não há <strong>de</strong>sculpa <strong>de</strong> dizer que você não viu seu e-mail hojeem dia. E foi com base nisso que eu escrevi essa frase.Para ser menos precisa, diria que não são nossos os tempos, massão tempos das coisas, ou <strong>de</strong> outros entre os tempos das coisas. Falarem tempo como categoria <strong>de</strong> análise, aqui, me remete ao que chamamosmovimento e, inevitavelmente, a relacioná-lo a velocida<strong>de</strong>, o quenovamente nos faz retornar ao tempo e certamente ao espaço que porventuraocupamos momentaneamente. Movimento, tempo, velocida<strong>de</strong>,espaço. Delineamentos imprecisos <strong>de</strong> nossa relação com o mundo.Autores como Marc Augé 49 <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que a experiência contemporânea<strong>de</strong> locomoção, <strong>de</strong> ser transportado, também transformao lugar em não-lugar, <strong>de</strong>ssensibiliza os sujeitos na sua relação com oespaço transformando-o em mero lugar <strong>de</strong> passagem. No processo <strong>de</strong>48 Artigo apresentado em 24/10/2009, na mesa-redonda Impactos da (i)mobilida<strong>de</strong>na produção da subjetivida<strong>de</strong> do Seminário Nacional <strong>Psicologia</strong> e Mobilida<strong>de</strong>:O espaço público como direito <strong>de</strong> todos, promovido pelo <strong>Conselho</strong><strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong>, em São Paulo.49 Augé, M. Não-lugares: Introdução a uma antropologia da supermo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>.Campinas, SP: Papirus, 1994 (5 ed., 2005).204

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