Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial
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duas margens foram subdivididas no mesmo número <strong>de</strong> pontos, que se tornaram nós do<br />
contorno. Entre nós correspon<strong>de</strong>ntes das duas margens foram interpolados linearmente<br />
os nós internos do domínio. Esse tipo <strong>de</strong> geração chama-se interpolação transfinita e<br />
foi <strong>de</strong>senvolvido através <strong>de</strong> planilhas <strong>de</strong> cálculo e ferramentas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho auxiliado por<br />
computador. O arquivo <strong>de</strong> entrada <strong>de</strong> dados da malha <strong>de</strong> elementos finitos é apresentado<br />
no apêndice 1. A malha foi concluída com 17.649 nós e 5.780 elementos, sendo 95% dos<br />
elementos com áreas compreendidas entre 25 m 2 e 50 m 2 , resultando em <strong>um</strong> espaçamento<br />
médio <strong>de</strong> 6 m entre nós <strong>de</strong> vértice. O grau <strong>de</strong> refinamento da malha foi escolhido <strong>de</strong> forma<br />
a permitir <strong>um</strong>a representação fiel da batimetria do rio, que apresenta canais com cerca<br />
<strong>de</strong> 6 m <strong>de</strong> largura entre as ilhas, resultando em <strong>um</strong>a escala resolvível para fenômenos<br />
hidráulicos da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 30 m <strong>de</strong> extensão. A gran<strong>de</strong> maioria dos elementos é quadran-<br />
gular, havendo também elementos triangulares junto às margens. A malha <strong>de</strong> elementos<br />
finitos para simulação dos ensaios com níveis <strong>de</strong> água mais altos e a batimetria do rio<br />
Jacuí são apresentadas na figura 8.1.<br />
A atribuição da batimetria para cada nó da malha foi realizada a partir <strong>de</strong> <strong>um</strong><br />
arquivo com cerca <strong>de</strong> 650 pontos <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas geográficas e elevações conhecidas, dis-<br />
persos <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada sobre todo o domínio do mo<strong>de</strong>lo. O cálculo da elevação<br />
em cada nó foi realizado através <strong>de</strong> software pelo método <strong>de</strong> interpolação conhecido por<br />
Kriging. Esse método procura encontrar tendências sugeridas pelos dados amostrados<br />
— os 650 pontos <strong>de</strong> batimetria neste caso — <strong>de</strong> modo que, por exemplo, pontos mais<br />
profundos sejam conectados ao longo <strong>de</strong> <strong>um</strong> canal, ao invés <strong>de</strong> formarem <strong>um</strong>a seqüência<br />
<strong>de</strong> “poços” 1 isolados na malha.<br />
Nos <strong>de</strong>mais ensaios, os níveis <strong>de</strong> água são mais baixos do que a elevação <strong>de</strong> al-<br />
guns nós da primeira malha elaborada, o que impe<strong>de</strong> o funcionamento do mo<strong>de</strong>lo RMA2.<br />
Outras malhas foram então criadas a partir da primeira, apagando-se os elementos que<br />
estariam fora da água e movimentando-se alguns nós para ajustar <strong>um</strong> novo contorno relati-<br />
vamente suave. A malha para simulação dos ensaios 2b e 3a foi obtida apenas retirando-se<br />
1 Na literatura sobre métodos <strong>de</strong> interpolação esses poços são com<strong>um</strong>ente referidos por bull’s eyes.<br />
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