Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial
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) <strong>um</strong>a alteração <strong>de</strong> 0,20 m aplicada sobre a condição inicial <strong>de</strong> nível <strong>de</strong> água,<br />
usada na primeira iteração, foi suficiente para fazer o mo<strong>de</strong>lo convergir ou<br />
divergir, em alguns casos;<br />
c) simulações que atingiram a convergência passaram a divergir após a inserção<br />
dos efeitos das correntes secundárias.<br />
Os fatores que geralmente dificultam a convergência e a<strong>um</strong>entam o tempo <strong>de</strong> processa-<br />
mento são: número <strong>de</strong> Reynolds da malha alto (viscosida<strong>de</strong> baixa), coeficiente <strong>de</strong> ru-<br />
gosida<strong>de</strong> baixo e aplicação dos efeitos das correntes secundárias. A falta <strong>de</strong> robustez do<br />
RMA2, apontada também por outros autores, tem relação com a formulação <strong>de</strong> elementos<br />
finitos adotada pelo programa.<br />
Uma vantagem evi<strong>de</strong>nte do método <strong>de</strong> elementos finitos está na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />
utilizar malhas não-estruturadas para a mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> domínios com geometria complexa<br />
e para variar o grau <strong>de</strong> refinamento da malha <strong>de</strong> <strong>um</strong>a região para outra, conforme o<br />
interesse sobre a região. No trecho <strong>de</strong> rio estudado aqui, com geometria relativamente<br />
simples e sem regiões <strong>de</strong> maior ou menor interesse, não foi tirado proveito <strong>de</strong>ssa vantagem.<br />
É provável que <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> diferenças finitas, cuja malha estruturada po<strong>de</strong>ria facilmente<br />
ter sido elaborada, apresentasse menos problemas <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> da solução n<strong>um</strong>érica e<br />
resultados igualmente bons.<br />
Em alguns casos a convergência da solução aconteceu <strong>de</strong> forma muito lenta, com<br />
alterações máximas <strong>de</strong> 1 mm na profundida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> <strong>um</strong>a iteração para outra. Em outros<br />
casos, ocorreu o problema oposto: as iterações oscilavam em torno da solução, ou seja,<br />
as correções consecutivas tinham mesma magnitu<strong>de</strong> mas sinais opostos. No caso das<br />
oscilações, não raramente, a solução n<strong>um</strong>érica acabava divergindo após muitas iterações.<br />
Nas duas situações, é possível que o uso <strong>de</strong> <strong>um</strong> coeficiente <strong>de</strong> relaxação, opção ausente no<br />
RMA2, facilitasse a convergência da solução.<br />
Um artifício muito eficaz para conduzir o mo<strong>de</strong>lo à solução foi iniciar as iterações<br />
com coeficientes favoráveis à convergência e gradativamente alterá-los, ao longo das<br />
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