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Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial

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Assim como no caso das flutuações turbulentas da velocida<strong>de</strong>, é razoável que a<br />

magnitu<strong>de</strong> do comprimento <strong>de</strong> mistura varie não apenas <strong>de</strong> ponto para ponto, mas em<br />

<strong>um</strong> dado ponto varie com a direção. Prandtl, no entanto, restringiu sua análise ao caso<br />

elementar <strong>de</strong> escoamento cisalhante, on<strong>de</strong>:<br />

u = u(z) ; v = 0 ; w = 0 , (3.15)<br />

<strong>de</strong>finindo o comprimento <strong>de</strong> mistura como <strong>um</strong>a distância normal à direção do escoamento<br />

principal médio. Ele relacionou as componentes <strong>de</strong> flutuação com o gradiente transversal<br />

<strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>rando que a partícula <strong>de</strong> fluido cruzando o comprimento <strong>de</strong> mistura<br />

ℓ normal ao escoamento, antes <strong>de</strong> alterar sua quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento, causaria <strong>um</strong>a<br />

flutuação ao final <strong>de</strong> sua jornada proporcional ao produto entre ℓ e o gradiente da velo-<br />

cida<strong>de</strong> média, como na figura 3.3. Assim, a seguinte proporcionalida<strong>de</strong> média po<strong>de</strong> ser<br />

escrita (ROUSE, 1961):<br />

|u ′ | ∼ ℓ ∂u<br />

∂z .<br />

FIGURA 3.3 – REPRESENTAÇÃO DO COMPRIMENTO DE MISTURA<br />

FONTE: ROUSE; (1961)<br />

Adicionalmente, Prandtl concluiu que, se duas partículas aproximam-se <strong>um</strong>a da<br />

outra em <strong>um</strong>a dada direção, em virtu<strong>de</strong> da continuida<strong>de</strong>, o fluido entre as partículas<br />

afasta-se transversalmente a essa direção, com <strong>um</strong>a velocida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da velocida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> aproximação das partículas. Se, por outro lado, as partículas afastam-se, o espaço<br />

vazio entre elas precisa ser preenchido pelo fluido ao redor, dando origem a <strong>um</strong>a flutuação<br />

transversal no sentido oposto. Em outras palavras, <strong>de</strong>ve haver <strong>um</strong>a proporcionalida<strong>de</strong><br />

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