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Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial

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Nas simulações com viscosida<strong>de</strong> turbulenta altas (números <strong>de</strong> Reynolds da malha<br />

baixos) as velocida<strong>de</strong>s ten<strong>de</strong>m a distribuir-se <strong>de</strong> modo uniforme através da seção trans-<br />

versal. Na medida em que a viscosida<strong>de</strong> turbulenta é reduzida (número <strong>de</strong> Reynolds da<br />

malha a<strong>um</strong>entado), separações e circulações começam a aparecer, como na região do ponto<br />

5871, fazendo com que o módulo da velocida<strong>de</strong> nesse ponto diminua e a sua direção varie<br />

consi<strong>de</strong>ravelmente. Como seria <strong>de</strong> se esperar, pela simples consi<strong>de</strong>ração da equação da<br />

continuida<strong>de</strong>, a velocida<strong>de</strong> na região do canal principal (ponto 5861) a<strong>um</strong>enta.<br />

As observações do parágrafo anterior po<strong>de</strong>m ser compreendidas da seguinte forma:<br />

como a viscosida<strong>de</strong> turbulenta multiplica os termos difusivos, seu a<strong>um</strong>ento (redução do<br />

número <strong>de</strong> Reynolds da malha) amplifica a difusão da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento 6 , es-<br />

palhando a energia das regiões <strong>de</strong> maior velocida<strong>de</strong> para as regiões on<strong>de</strong> o escoamento<br />

ten<strong>de</strong>ria a ser mais lento, reduzindo os gradientes <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s e diminuindo ou até<br />

mesmo eliminando as regiões <strong>de</strong> separação do fluxo principal e <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> correntes<br />

<strong>de</strong> retorno.<br />

A fotografia do ensaio 2a do mo<strong>de</strong>lo físico (figura 8.6), com confetes, permite<br />

distinguir as regiões on<strong>de</strong> há maior velocida<strong>de</strong>, os pontos on<strong>de</strong> há separação do escoamento<br />

principal e os locais com correntes <strong>de</strong> retorno. Comparando-se a fotografia com os campos<br />

<strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s da figura 8.5, vê-se que as simulações com Re malha = 33 e com Re malha = 51<br />

têm boa concordância com os padrões <strong>de</strong> circulação e turbulência observados no mo<strong>de</strong>lo<br />

físico.<br />

8.2.3 Influência do Número <strong>de</strong> Reynolds da Malha sobre os Níveis <strong>de</strong> Água<br />

Os níveis <strong>de</strong> água nos pontos 5861 e 5871 foram também plotados em gráficos<br />

contra o número <strong>de</strong> Reynolds da malha, apresentados nas figuras 8.7 e 8.8.<br />

Observa-se que os níveis <strong>de</strong> água apresentam variação significativa até cerca <strong>de</strong><br />

Re malha = 30. Nos dois pontos, a diminuição da viscosida<strong>de</strong> turbulenta (a<strong>um</strong>ento do<br />

6 As equações <strong>de</strong> Navier-Stokes são equações <strong>de</strong> transporte da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento.<br />

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