Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial
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viscosida<strong>de</strong>:<br />
Lr =<br />
(2/3)<br />
µr<br />
ρr<br />
58<br />
= ν (2/3) . (5.10)<br />
Portanto, <strong>um</strong>a vez <strong>de</strong>finida a escala geométrica do mo<strong>de</strong>lo, para similarida<strong>de</strong> exata seria<br />
preciso obter <strong>um</strong> fluido cuja viscosida<strong>de</strong> cinemática aten<strong>de</strong>sse à equação (5.10). Como a<br />
diferença <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong> cinemática entre os líquidos é bastante limitada, apenas escalas<br />
geométricas próximas da unida<strong>de</strong> po<strong>de</strong>riam ser adotadas.<br />
Na prática, utiliza-se no mo<strong>de</strong>lo o mesmo líquido do protótipo — geralmente<br />
água — e aplica-se apenas o critério <strong>de</strong> similarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Frou<strong>de</strong>, tolerando-se números<br />
<strong>de</strong> Reynolds diferentes 1 . Essa escolha é feita porque os efeitos da força da gravida<strong>de</strong><br />
n<strong>um</strong> escoamento com superfície livre são, em geral, muito mais importantes do que os<br />
efeitos das forças viscosas. A influência perturbadora das forças viscosas, nesse caso, é<br />
com<strong>um</strong>ente <strong>de</strong>nominada efeito <strong>de</strong> escala 2 . Quando necessário, correções para os efeitos<br />
<strong>de</strong> escala po<strong>de</strong>m ser feitas construindo-se mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> diferentes escalas e extrapolando-se<br />
os resultados para o protótipo.<br />
Do critério <strong>de</strong> Frou<strong>de</strong> as seguintes escalas <strong>de</strong> proporcionalida<strong>de</strong> entre mo<strong>de</strong>lo e<br />
protótipo po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>duzidas, consi<strong>de</strong>rando gr = 1 e ρr = 1:<br />
massa: Mr = L 3 r ; velocida<strong>de</strong>: Vr = √ Lr ;<br />
tempo: Tr = LrV −1<br />
r = √ Lr ; vazão: Qr = VrL 2 r = 5/2√ Lr ;<br />
força: Fr = MrLrT −2<br />
r = L3 r ; pressão: pr = FrL−2 r<br />
= Lr .<br />
Um cuidado importante ao adotar exclusivamente o critério <strong>de</strong> semelhança <strong>de</strong><br />
Frou<strong>de</strong> é garantir que os efeitos viscosos não se tornem gran<strong>de</strong>s no mo<strong>de</strong>lo. Isso impõe<br />
<strong>um</strong> limite mínimo para o tamanho do mo<strong>de</strong>lo; por exemplo, o escoamento no mo<strong>de</strong>lo não<br />
po<strong>de</strong> resultar laminar se o escoamento no protótipo for turbulento.<br />
Rem<br />
Rep<br />
1 Utilizando-se o mesmo fluido, a relação entre o número <strong>de</strong> Reynolds no mo<strong>de</strong>lo e no protótipo resulta:<br />
= L3/2<br />
r .<br />
2 O efeito <strong>de</strong> escala engloba, ainda, outros efeitos como compressibilida<strong>de</strong>, tensão superficial e correntes<br />
secundárias.