Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial
Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial
Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
menores vórtices, como apresentado nos parágrafos seguintes. As equações 3.21 e 3.27<br />
estão relacionadas com esse conceito.<br />
Em escalas <strong>de</strong> comprimento muito pequeno, a viscosida<strong>de</strong> molecular po<strong>de</strong> ser<br />
efetiva em reduzir as flutuações <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>. A geração <strong>de</strong> flutuações <strong>de</strong> pequena escala<br />
<strong>de</strong>ve-se aos termos não-lineares das equações <strong>de</strong> Navier-Stokes; os termos viscosos impe-<br />
<strong>de</strong>m a geração <strong>de</strong> escalas <strong>de</strong> movimento infinitamente pequenas através da dissipação da<br />
energia <strong>de</strong> pequena escala em calor. Seria razoável esperar que em números <strong>de</strong> Reynolds<br />
elevados, a magnitu<strong>de</strong> relativa da viscosida<strong>de</strong> seria tão pequena que os efeitos viscosos<br />
no escoamento ten<strong>de</strong>riam a <strong>de</strong>saparecer. Os termos não-lineares nas equações <strong>de</strong> Navier-<br />
Stokes agem contra essa tendência gerando movimentos em escalas pequenas o suficiente<br />
para serem afetadas pela viscosida<strong>de</strong>. A menor escala <strong>de</strong> movimento automaticamente<br />
ajusta-se ao valor da viscosida<strong>de</strong>. Parece não haver modo <strong>de</strong> eliminar a viscosida<strong>de</strong>: as-<br />
sim que a escala do campo <strong>de</strong> escoamento torna-se tão gran<strong>de</strong> que os efeitos viscosos<br />
seriam possivelmente negligenciados, o escoamento cria movimentos <strong>de</strong> pequena escala,<br />
mantendo assim os efeitos viscosos (em particular as taxas <strong>de</strong> dissipação) em patamares<br />
finitos (TENNEKES; LUMLEY, 1972).<br />
Como movimentos <strong>de</strong> pequena escala ten<strong>de</strong>m a possuir escalas <strong>de</strong> tempo peque-<br />
nas, po<strong>de</strong>-se ass<strong>um</strong>ir que esses movimento são estatisticamente in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da relati-<br />
vamente lenta turbulência <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala e do escoamento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala. Se essa<br />
hipótese faz sentido, o movimento <strong>de</strong> pequena escala <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r apenas da taxa em<br />
que ele recebe energia do escoamento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala e da viscosida<strong>de</strong> cinemática. É<br />
razoável ass<strong>um</strong>ir que a taxa <strong>de</strong> transferência (fornecimento) <strong>de</strong> energia é igual à taxa <strong>de</strong><br />
dissipação <strong>de</strong> energia, porque a taxa líquida <strong>de</strong> variação da energia <strong>de</strong> pequena escala é<br />
relacionada à escala <strong>de</strong> tempo do escoamento como <strong>um</strong> todo. A taxa líquida <strong>de</strong> variação<br />
da energia, portanto, <strong>de</strong>ve ser pequena comparada à taxa em que a energia é dissipada<br />
(TENNEKES; LUMLEY, 1972).<br />
29