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Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial

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Comparando a equação (3.41) com os resultados obtidos via promediações conven-<br />

cionais, equação (3.10) ou (3.11), po<strong>de</strong>mos ressaltar duas vantagens potenciais. Primeiro,<br />

o termo a ser mo<strong>de</strong>lado na equação (3.41) envolve apenas termos <strong>de</strong> pequena escala, ao<br />

contrário da equação (3.11). Segundo, coma técnica <strong>de</strong> filtragem obtém-se equações para<br />

o escoamento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala on<strong>de</strong> aparecem explicitamente nos termos <strong>de</strong> filtragem as<br />

escalas espaciais e temporais relativas ao escoamento resolvível (ROSMAN, 1989).<br />

De fato, as escalas do filtro λk e λt <strong>de</strong>finem as mínimas escalas espaciais e tem-<br />

porais resolvíveis pela equação filtrada. Há <strong>um</strong>a evi<strong>de</strong>nte correlação entre os valores <strong>de</strong><br />

λk e λt e a discretização a ser usada no mo<strong>de</strong>lo n<strong>um</strong>érico. Através <strong>de</strong> experimentação<br />

n<strong>um</strong>érica, KWAK 36 et al., LOVE 37 e ALDAMA (1985), citados por ROSMAN (1989),<br />

mostraram que os valores <strong>de</strong> λk = 2∆xk e λt = 2∆t são a<strong>de</strong>quados. Do teorema da<br />

amostragem sabe-se que o comprimento e o período dos menores vórtices resolvíveis são,<br />

respectivamente, 2∆xk e 2∆t. Conseqüentemente, tomando esses valores para as escalas<br />

do filtro no espaço e no tempo, na verda<strong>de</strong> está-se <strong>de</strong>finindo escalas <strong>de</strong> Nyquist no espaço e<br />

no tempo. Isso porque os números <strong>de</strong> onda <strong>de</strong> Nyquist são π/∆xk, o que equivale a 2π/λk,<br />

e a freqüência <strong>de</strong> Nyquist π/∆t = 2π/∆t. Assim, vê-se que através da técnicas <strong>de</strong> filtra-<br />

gem, as equações são “preparadas” para serem resolvidas n<strong>um</strong>ericamente, colocando-se<br />

n<strong>um</strong>a escala conforme com a discretização n<strong>um</strong>érica adotada.<br />

3.5.2 Equações Governantes para o <strong>Escoamento</strong> <strong>de</strong> Gran<strong>de</strong> Escala<br />

3.5.2.1 Equação da continuida<strong>de</strong><br />

CSANADY 38 , citado por ROSMAN (1989), discute a valida<strong>de</strong> da hipótese <strong>de</strong><br />

incompressibilida<strong>de</strong> da água e conclui que, para as condições usuais em corpos d’água<br />

rasos, a hipótese é perfeitamente justificável. Assim, a equação da continuida<strong>de</strong> reduz-se<br />

36KWAK, D.; REYNOLDS, W. C.; FERZIGER, J. H. Three-dimensional time <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt computation<br />

of turbulent flow, Report no. TF-5, Dept. of Mech. Engineering, Stanford University, 1975.<br />

37LOVE, M. D. Subgrid mo<strong>de</strong>ling studies with Burger’s equation, Cambridge University<br />

Press,1980.<br />

38CSANADY, G.T., Circulation in the coastal ocean, Rei<strong>de</strong>l, 1982.<br />

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