Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial
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1 INTRODUÇÃO<br />
O escoamento em rios é <strong>um</strong> tema relacionado com diversos setores da ativida<strong>de</strong><br />
h<strong>um</strong>ana, como a construção <strong>de</strong> aproveitamentos hidrelétricos, o transporte fluvial, estudos<br />
ambientais relacionados à qualida<strong>de</strong> da água, o transporte <strong>de</strong> poluentes e <strong>de</strong> sedimentos,<br />
proteção das margens, lazer e ictiofauna. Prever o comportamento da água sempre foi <strong>um</strong><br />
gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio para engenheiros e pesquisadores. Ensaios em mo<strong>de</strong>los físicos reduzidos<br />
são freqüentemente utilizados para orientar essas previsões e subsidiar o projeto <strong>de</strong> obras<br />
<strong>de</strong> engenharia. Com o <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico dos recursos computacionais, mo<strong>de</strong>los<br />
matemáticos têm se apresentado como <strong>um</strong>a alternativa cada vez mais atraente para a<br />
simulação dos mais diversos fenômenos físicos envolvendo fluidos.<br />
Há cerca <strong>de</strong> três décadas, mo<strong>de</strong>los matemáticos processados em computador<br />
começaram a ser utilizados para fins práticos. Bem mais recente, entretanto, é a uti-<br />
lização <strong>de</strong>sses mo<strong>de</strong>los por pessoas que não os próprios autores dos programas. De certa<br />
forma, a difusão <strong>de</strong>sses mo<strong>de</strong>los acompanhou a popularização dos microcomputadores<br />
pessoais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento e armazenamento, iniciada no final da<br />
década <strong>de</strong> 1980.<br />
Este trabalho apresenta os resultados da utilização <strong>de</strong> dois mo<strong>de</strong>los: <strong>um</strong> físico<br />
e <strong>um</strong> computacional. Os mo<strong>de</strong>los foram utilizados para a simulação <strong>de</strong> <strong>um</strong> escoamento<br />
fluvial. O domínio escolhido foi <strong>um</strong> trecho do Rio Jacuí, no estado do Rio Gran<strong>de</strong> do<br />
Sul. O mo<strong>de</strong>lo físico, construído no Centro <strong>de</strong> Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot <strong>de</strong><br />
Souza (CEHPAR), seguiu padrões usuais <strong>de</strong> simulação <strong>de</strong> escoamentos com superfície<br />
livre: critério <strong>de</strong> semelhança <strong>de</strong> Frou<strong>de</strong> e escala geométrica 1:100. O mo<strong>de</strong>lo computaci-<br />
onal utilizado foi o RMA2, <strong>de</strong>senvolvido pelo Resource Management Associates a partir<br />
da década <strong>de</strong> 1970 para simulações hidrodinâmicas bidimensionais. O mo<strong>de</strong>lo físico foi<br />
calibrado com base em níveis <strong>de</strong> água medidos no protótipo. A calibração do mo<strong>de</strong>lo com-<br />
putacional foi realizada através da comparação <strong>de</strong> seus resultados com diversas medições<br />
no mo<strong>de</strong>lo físico. Portanto, está implícita neste trabalho a confiança <strong>de</strong>positada nos re-<br />
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