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Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial

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difícil imaginar partículas <strong>de</strong> fluido <strong>de</strong>slocando-se por <strong>um</strong>a certa distância transversal e<br />

subitamente tendo sua quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento alterada (ROUSE, 1961).<br />

Hipótese <strong>de</strong> similarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> von Kárman<br />

Seria bastante útil conhecer <strong>um</strong>a regra que estabelecesse a <strong>de</strong>pendência entre o<br />

comprimento <strong>de</strong> mistura e as coor<strong>de</strong>nadas espaciais do escoamento. Von Kárman propôs<br />

tal regra apoiando-se em duas suposições (ROUSE, 1961):<br />

a) o mecanismo da turbulência é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da viscosida<strong>de</strong> molecular do fluido<br />

exceto na vizinhança imediata dos contornos sólidos;<br />

b) a estrutura da turbulência é estatisticamente similar (mesmo fator <strong>de</strong> cor-<br />

relação entre as flutuações) em todos os pontos do escoamento, variando ape-<br />

nas nas escalas <strong>de</strong> tempo e <strong>de</strong> comprimento.<br />

As duas hipóteses estão <strong>de</strong> acordo com medições experimentais. A escala <strong>de</strong> comprimento<br />

po<strong>de</strong> ser representada por <strong>um</strong>a quantia ℓ similar ao comprimento <strong>de</strong> mistura <strong>de</strong> Prandtl<br />

mas não necessariamente representando o mesmo conceito do processo <strong>de</strong> mistura, en-<br />

quanto a escala <strong>de</strong> tempo é relacionada com o gradiente da velocida<strong>de</strong> média.<br />

Von Kárman <strong>de</strong>monstrou que, se tais hipóteses forem aplicadas ao caso do esco-<br />

amento cisalhante da equação (3.15), po<strong>de</strong>-se chegar às seguintes conclusões 13 :<br />

a) As componentes <strong>de</strong> flutuação são proporcionais ao comprimento ℓ e ao gradi-<br />

ente ∂u<br />

∂z ;<br />

b) As tensões turbulentas são proporcionais a ρ ℓ 2 ( ∂u<br />

∂z )2 ;<br />

c) O comprimento ℓ é proporcional a ∂u/∂z<br />

∂ 2 u/∂z 2 . Assim, ℓ é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da mag-<br />

nitu<strong>de</strong> da velocida<strong>de</strong>, sendo função apenas da distribuição da velocida<strong>de</strong>.<br />

13 Uma <strong>de</strong>monstração mais <strong>de</strong>talhada do procedimento seguido por von Kárman po<strong>de</strong> ser encontrada<br />

em SCHLICHTING (1968).<br />

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