Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial
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lenta νt, como visto na seção 3.4.1. Esse coeficiente multiplica diretamente os termos <strong>de</strong><br />
2 a or<strong>de</strong>m das equações do transporte da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento (4.27) e (4.28), ou seja,<br />
as <strong>de</strong>rivadas espaciais da viscosida<strong>de</strong> turbulenta são consi<strong>de</strong>radas nulas. Nas equações do<br />
movimento, os termos <strong>de</strong> segunda or<strong>de</strong>m representam a parcela <strong>de</strong> difusão da quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> movimento e os coeficientes <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong> turbulenta νt afetam as condições do es-<br />
coamento <strong>de</strong> modo muito semelhante ao da viscosida<strong>de</strong> molecular do fluido. No mo<strong>de</strong>lo<br />
computacional, essa difusão simula os efeitos causados pela turbulência presente em es-<br />
calas não resolvíveis pela malha adotada. No esquema n<strong>um</strong>érico utilizado pelo RMA2, a<br />
viscosida<strong>de</strong> turbulenta atua, também, como forma <strong>de</strong> estabilização da solução n<strong>um</strong>érica,<br />
pois não há qualquer esquema <strong>de</strong> amortecimento artificial 2 . Por isso, a viscosida<strong>de</strong> tur-<br />
bulenta tem bastante influência sobre a chance <strong>de</strong> convergência da solução.<br />
Apesar do coeficiente <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong> turbulenta ser <strong>um</strong>a constante nas equações<br />
utilizadas pelo RMA2, seu valor po<strong>de</strong> ser feito variável <strong>de</strong> elemento para elemento ao<br />
longo da malha através da utilização do número <strong>de</strong> Reynolds da malha, apresentado na<br />
seção 3.4.1.1.<br />
Para analisar a influência da viscosida<strong>de</strong> turbulenta sobre os resultados do mo<strong>de</strong>lo,<br />
foram feitas simulações do ensaio 2a com diferentes valores para o número <strong>de</strong> Reynolds<br />
da malha. Foi escolhido o ensaio 2a porque ele apresenta condições propícias para o<br />
estudo <strong>de</strong>sse parâmetro, tais como regiões <strong>de</strong> separação do fluxo principal, correntes <strong>de</strong><br />
retorno e gradientes <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> significativos. Além disso, as fotografias com confetes<br />
revelaram-se particularmente boas nesse ensaio.<br />
8.2.1 Limites <strong>de</strong> Convergência da Solução N<strong>um</strong>érica<br />
Foram realizadas primeiramente alg<strong>um</strong>as simulações <strong>de</strong> caráter exploratório com<br />
diferentes números <strong>de</strong> Reynolds da malha e verificou-se que a solução n<strong>um</strong>érica divergia<br />
para Regrid > 12. Entretanto, o campo <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s resultante da simulação com<br />
2 “Na realida<strong>de</strong>, a utilização <strong>de</strong> coeficientes <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong> turbulenta exagerados é <strong>um</strong> esquema <strong>de</strong><br />
amortecimento artificial.” [Nota do examinador - Prof. Paulo Cesar Colonna Rosman]<br />
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