Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial
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A turbulência foi mo<strong>de</strong>lada através do uso do número <strong>de</strong> Reynolds da malha,<br />
em que os coeficientes <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong> turbulenta são feitos variáveis <strong>de</strong> elemento para<br />
elemento, em função <strong>de</strong> seu tamanho e do módulo da velocida<strong>de</strong>. Esse mo<strong>de</strong>lo é bastante<br />
simples mas mostrou-se suficiente para simular corretamente o escoamento em questão.<br />
Em função dos bons resultados obtidos, não parece justificável a utilização <strong>de</strong> <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo<br />
mais sofisticado, como o κ − ε, no caso estudado, pois envolveria <strong>um</strong> esforço matemático<br />
e computacional muito maior.<br />
A influência da viscosida<strong>de</strong> turbulenta foi clara. Seu a<strong>um</strong>ento faz os gradientes<br />
<strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> diminuírem e as separações e correntes <strong>de</strong> retorno <strong>de</strong>saparecerem. A ne-<br />
cessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medições <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s para a calibragem do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> turbulência ficou<br />
evi<strong>de</strong>nte neste estudo. Apenas medições <strong>de</strong> níveis seriam insuficientes para a escolha do<br />
número <strong>de</strong> Reynolds da malha, já que os níveis estão fortemente influenciados pela ru-<br />
gosida<strong>de</strong> do leito. O valor final adotado para o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> turbulência foi Re malha = 20,<br />
fixado para todas as condições <strong>de</strong> vazão e níveis <strong>de</strong> água.<br />
A introdução dos efeitos das correntes secundárias na curva do rio provou ser<br />
importante, fazendo os resultados do mo<strong>de</strong>lo computacional aproximarem-se da realida<strong>de</strong>.<br />
10.1.3 Validação dos Resultados<br />
O mo<strong>de</strong>lo computacional, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> calibrado, foi capaz <strong>de</strong> simular qualitativa e<br />
quantitativamente bem os resultados obtidos nos oito ensaios realizados no mo<strong>de</strong>lo físico.<br />
Os formatos e os valores dos gráficos <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> água foram concordantes<br />
nos dois mo<strong>de</strong>los, em termos gerais. Os coeficientes escolhidos na calibragem do mo<strong>de</strong>lo<br />
computacional têm caráter geral, ou seja, foram os mesmos em todas as simulações. Isso<br />
<strong>de</strong>monstra que o mo<strong>de</strong>lo RMA2 calibrado po<strong>de</strong>, a princípio, ser utilizado para simulações<br />
fora da faixa <strong>de</strong> condições hidráulicas usadas na calibragem.<br />
Os níveis <strong>de</strong> água do mo<strong>de</strong>lo RMA2 resultaram, em média, ligeiramente acima<br />
dos níveis medidos no mo<strong>de</strong>lo físico. O coeficiente <strong>de</strong> rugosida<strong>de</strong> adotado, n = 0, 029,<br />
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