Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial
Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial
Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Inserindo em (4.7) a equação da superfície livre (4.5), chega-se à condição <strong>de</strong> contorno<br />
cinemática na superfície livre:<br />
∂(a + h)<br />
−<br />
∂t − u| ∂(a + h)<br />
a+h ∂x − v| ∂(a + h)<br />
a+h ∂y + w| a+h = 0 , em z = (a+h)(x, y, t). (4.8)<br />
Fazendo o mesmo <strong>de</strong>senvolvimento para a superfície do fundo, po<strong>de</strong>-se escrever a condição<br />
<strong>de</strong> contorno cinemática na superfície do fundo:<br />
− ∂a<br />
∂t − u| ∂a<br />
a ∂x − v| ∂a<br />
a ∂y + w| a = 0 , em z = a(x, y, t). (4.9)<br />
Inserindo as relações (4.2), (4.3), (4.8) e (4.9) em (4.1) obtém-se a forma final da<br />
equação da continuida<strong>de</strong> integrada na vertical para escoamento incompressível:<br />
∂h<br />
∂t<br />
+ h∂U<br />
∂x<br />
+ h∂V<br />
∂y<br />
∂h ∂h<br />
+ U + V<br />
∂x ∂y<br />
on<strong>de</strong> U e V são as velocida<strong>de</strong>s em x e y médias na vertical:<br />
U(x, y, t) = 1<br />
h<br />
a+h<br />
a<br />
u(x, y, z, t) dz e V (x, y, t) = 1<br />
h<br />
4.3 SIMPLIFICAÇÃO PARA ÁGUAS RASAS<br />
45<br />
= 0 , (4.10)<br />
a+h<br />
a<br />
v(x, y, z, t) dz . (4.11)<br />
<strong>Escoamento</strong>s <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala, nos quais as escalas dos movimentos horizontais<br />
são pelo menos 20 vezes maiores do que a profundida<strong>de</strong> 2 , po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>rados como<br />
quase horizontais ou escoamentos em águas rasas 3 (ROSMAN, 2000). A conseqüência<br />
prática <strong>de</strong> <strong>um</strong> corpo <strong>de</strong> água ser consi<strong>de</strong>rado raso na escala <strong>de</strong> <strong>um</strong> dado fenômeno é<br />
2 Este é <strong>um</strong> número padrão da teoria <strong>de</strong> ondas. Por convenção, <strong>um</strong>a onda está em águas rasas sempre<br />
que seu comprimento for 20 vezes maior que a profundida<strong>de</strong> da região <strong>de</strong> propagação.<br />
3 Na realida<strong>de</strong> o conceito <strong>de</strong> águas rasas tem mais relação com o comprimento do fenômeno <strong>de</strong> interesse<br />
do que com a geometria aparente do corpo <strong>de</strong> água. Uma baía, por exemplo, é <strong>um</strong> corpo <strong>de</strong> água raso<br />
para correntes <strong>de</strong> maré; entretanto, po<strong>de</strong> ser <strong>um</strong> corpo <strong>de</strong> água profundo para escoamentos referentes a<br />
ondas geradas por vento na baía.