Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial
Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial
Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
turbulento é dividida em <strong>um</strong>a parte “média” ou <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala, u, a ser propriamente<br />
<strong>de</strong>finida, e n<strong>um</strong>a parte <strong>de</strong> “flutuação” ou <strong>de</strong> pequena escala, u ′ , da qual apenas os efeitos<br />
gerais e não os <strong>de</strong>talhes aparecem no mo<strong>de</strong>lo. Matematicamente, po<strong>de</strong>-se expressar a<br />
separação como:<br />
13<br />
u = u + u ′ . (3.3)<br />
Po<strong>de</strong>-se assim obter <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>terminístico para o escoamento “médio” ou<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala. O número <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> discretização necessários para resolver <strong>um</strong><br />
escoamento turbulento tridimensional apenas nos aspectos gerais, ou <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala,<br />
reduz-se para no máximo algo da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 10 5 (ROSMAN, 1989). Mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong>ssa or<strong>de</strong>m<br />
são compatíveis com a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamentos dos computadores atuais.<br />
Nas seções 3.3 e 3.5, são apresentados brevemente métodos para separar as va-<br />
riáveis turbulentas, visando a obter mo<strong>de</strong>los matemáticos para o escoamento “médio”, ou<br />
talvez mais propriamente, escoamento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala.<br />
3.2 ORIGENS DA TURBUL ÊNCIA<br />
A turbulência não po<strong>de</strong> sustentar-se sozinha, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do ambiente em que ocorre<br />
para obter energia. Uma fonte <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> turbulência (geração <strong>de</strong> vórtices) são as<br />
diferenças <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> que ocorrem entre camadas adjacentes <strong>de</strong> fluido, causadas, por<br />
exemplo, pela irregularida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>um</strong> contorno sólido. Existe, nesse caso, <strong>um</strong>a tendência <strong>de</strong><br />
formação <strong>de</strong> ondulações nas linhas <strong>de</strong> corrente, como indicado na figura 3.2. Se for aplicada<br />
a equação <strong>de</strong> Bernoulli sobre os tubos <strong>de</strong> corrente mostrados na figura 3.2, conclui-se que<br />
existe <strong>um</strong>a região <strong>de</strong> alta pressão no lado côncavo <strong>de</strong> cada crista <strong>de</strong> onda e <strong>um</strong>a <strong>de</strong> baixa<br />
pressão no lado convexo. Conseqüentemente, a superfície ondulada é instável e ten<strong>de</strong> a<br />
amplificar-se, curvando-se na direção do fluxo e <strong>de</strong>spren<strong>de</strong>ndo-se em vórtices separados<br />
(DAILY; HARLEMAN, 1966).