17.04.2013 Views

Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial

Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial

Modelagem Física e Computacional de um Escoamento Fluvial

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Para resolver n<strong>um</strong>ericamente as equações <strong>de</strong> Navier-Stokes tal como são, é preciso<br />

resolver o problema até as escalas on<strong>de</strong> as tensões viscosas tenham significado físico, ou<br />

seja, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> escalas capazes <strong>de</strong> resolver os vórtices on<strong>de</strong> a dissipação viscosa ocorre.<br />

Resolver <strong>um</strong> problema até certa gama <strong>de</strong> escalas significa utilizar, no mo<strong>de</strong>lo n<strong>um</strong>érico<br />

correspon<strong>de</strong>nte, discretizações espaciais e temporais compatíveis. ALDAMA 3 e YOSHI-<br />

SAWA 4 , citados por ROSMAN (1989), mostram que, para resolver <strong>um</strong> vórtice <strong>de</strong> tamanho<br />

L por exemplo, é preciso haver pontos discretos com espaçamento inferior a L/2, e no<br />

mínimo L/4 para <strong>um</strong>a resolução razoável. Isto é, o mo<strong>de</strong>lo n<strong>um</strong>érico para resolver <strong>um</strong><br />

problema <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> tais escalas teria <strong>um</strong> número avassalador <strong>de</strong> equações, <strong>de</strong> acordo com<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento a seguir.<br />

Conforme será mostrado no item 3.4.1.2, a partir <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rações dimensionais,<br />

a escala espacial ℓk, típica dos vórtices on<strong>de</strong> a dissipação viscosa ocorre, é da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

ν 3/4 /ε 1/4 , on<strong>de</strong> ε <strong>de</strong>nota a taxa <strong>de</strong> dissipação <strong>de</strong> energia e ν a viscosida<strong>de</strong> cinemática.<br />

Experimentos mostram que a taxa ε está fortemente relacionada à escala <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> V<br />

e à escala espacial L, características aos gran<strong>de</strong>s vórtices <strong>de</strong> <strong>um</strong> dado escoamento, sendo<br />

da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> V 3 /L. Das expressões para ℓk e ε obtém-se:<br />

L<br />

ℓk<br />

11<br />

= O (Re 3/4 ) , (3.1)<br />

sendo Re = (V L)/ν o número <strong>de</strong> Reynolds. Das relações acima, conclui-se que o número<br />

<strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> discretização N necessários para resolver tal escoamento até a escala <strong>de</strong><br />

dissipação viscosa seria (ROSMAN, 1989):<br />

N = O<br />

<br />

3<br />

L<br />

= O (Re 9/4 ) . (3.2)<br />

ℓk<br />

3 ALDAMA, A. A. Theory and applications of two and three-scale filtering aproaches for<br />

turbulent flow simulations, Ph.D. thesis, Department of Civil Engineering, Massachusetts Institute<br />

of Technology, 1985.<br />

4 YOSHISAWA, A. Encyclopaedia of fluid mechanics – Vol. 6 – Complex flow phenomena<br />

and mo<strong>de</strong>ling, ed. N. P. Cheremisinoff, Gulf Publishing Company, 1987.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!