Ata da 10ª Reunião da Sub -relatoria de Con ... - Senado Federal
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5044 Terça-feira 18 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL – SUPLEMENTO Julho <strong>de</strong> 2006<br />
pequena quantia, só para pagamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas<br />
cotidianas do senhor? Não chegaremos a gran<strong>de</strong>s<br />
valores que eventualmente não tenham implicado o<br />
pagamento <strong>de</strong> fornecedores?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Com certeza.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – No total <strong>de</strong> 175 pagamentos <strong>de</strong>clarados<br />
pelos senhores como realizados a Skycargas, totalizando<br />
R$28.558.301,11, apenas em dois pagamentos<br />
– R$120.459,94 no total – verificou-se a emissão <strong>da</strong><br />
nota fiscal por parte <strong>da</strong> Skycargas, ou seja, no total<br />
<strong>de</strong> R$28,558 milhões, apenas R$120 mil ensejaram a<br />
emissão <strong>da</strong> respectiva nota fiscal.<br />
Por que não foi emiti<strong>da</strong> nota fiscal nesse caso?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Para todos<br />
os pagamentos foram emiti<strong>da</strong>s notas fiscais, todos,<br />
incondicionalmente. Todos os pagamentos feitos à<br />
Skycargas têm a respectiva nota fiscal.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Não foi o apurado pela auditora feita.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Então, a auditoria<br />
apurou erroneamente, com certeza absoluta.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Se necessário, talvez fosse interessante<br />
consultar as outras pessoas que trabalharam, porque<br />
eu sei que vocês não trabalharam diretamente nisso,<br />
consultar o grupo lá em baixo para verificar essa informação,<br />
porque, realmente, a informação que temos do<br />
grupo <strong>de</strong> auditoria é que não há nota fiscal. Haveria,<br />
sim, recibos e não nota fiscal, que, obviamente, é o<br />
documento hábil e idôneo que comprova essa prestação<br />
<strong>de</strong> serviços.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Não. O que<br />
me foi pedido foi o recibo correspon<strong>de</strong>nte ao pagamento<br />
que está lançado no diário, e isso foi anexado. Eu<br />
faço pagamentos para a Skycargas, mas não é a ca<strong>da</strong><br />
pagamento que a empresa me emite uma nota fiscal.<br />
No final do mês, ela faz a apuração <strong>de</strong> tudo que lhe<br />
foi pago e <strong>de</strong> todos os serviços prestados e emite-me<br />
uma nota no final do mês.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Essa nota é emiti<strong>da</strong> regularmente?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Essa nota<br />
é emiti<strong>da</strong> regularmente. Po<strong>de</strong> pegar pela <strong>de</strong>claração<br />
<strong>de</strong> Imposto <strong>de</strong> Ren<strong>da</strong> <strong>da</strong> empresa, pois está tudo <strong>de</strong>clarado<br />
lá, o movimento.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Caso não haja nota, há um problema <strong>de</strong><br />
sonegação fiscal. De acordo?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Claro, perfeito.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Então, vamos ter <strong>de</strong> apurar com mais <strong>de</strong>talhes.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Po<strong>de</strong>m<br />
apurar. Está tudo <strong>de</strong>clarado, tudo integralmente contabilizado.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Perfeito.<br />
Pelas informações que levantamos, verificamos<br />
que o crescimento <strong>da</strong> receita <strong>da</strong> Skycargas coinci<strong>de</strong><br />
exatamente com o período em que a Skymaster teve<br />
um salto expressivo em suas receitas, que foi do ano<br />
<strong>de</strong> 2001 para 2002.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Correto.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – A receita <strong>da</strong> Skymaster junto aos Correios<br />
saltou <strong>de</strong> R$25 milhões para R$92,5 milhões. Isso foi<br />
obtido nos correios, certo?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Certo.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Já a receita <strong>da</strong> Skycargas saltou <strong>de</strong> R$1,8<br />
milhão para R$10,7 milhões. Embora a Skycargas<br />
não tivesse nenhum tipo <strong>de</strong> relação com os Correios<br />
– como o senhor mesmo disse –, há uma proporção<br />
exata <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> relação <strong>de</strong> ganhos <strong>da</strong> Skymaster<br />
com os Correios com o crescimento <strong>de</strong> faturamento<br />
<strong>da</strong> Skycargas. Como o senhor explicaria essa<br />
situação? Ou seja, a Skycargas tem poucos clientes<br />
fora, não trabalha em questões liga<strong>da</strong>s aos Correios,<br />
mas, no período em que cresce brutalmente a receita<br />
<strong>da</strong> Skymaster para os Correios, cresce a receita <strong>da</strong><br />
Skycargas. Como o senhor explicaria isso?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – A receita<br />
<strong>da</strong> Skycargas cresce proporcionalmente às ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />
Skymaster, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente dos Correios. Com as<br />
ven<strong>da</strong>s <strong>de</strong> clientes próprios <strong>da</strong> Skymaster, a receita <strong>da</strong><br />
Skycargas cresce também proporcionalmente.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – A receita justamente cresce na proporção<br />
em que cresce a dos Correios. Veja só esses <strong>da</strong>dos.<br />
A participação dos Correios na receita <strong>da</strong> Skymaster,<br />
no ano 2000, foi <strong>de</strong> 53,86%.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Certo.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Em 2001, caiu para 29,80%, ou seja, significa<br />
que a Skymaster encontrou outras coisas fora; em<br />
2002, 69,63%; em 2003, 75,90%; 2004, 50,51%.<br />
Receitas <strong>da</strong> Skymaster, dos Correios e outras. Temos<br />
aqui a evolução: as outras: em 2000, era proporção<br />
<strong>de</strong> 34 para 29; 34, Correios e 29 para outras. Em 2001,<br />
25 para 58; foi quando caiu a dos Correios e cresceu a<br />
outra. Em 2002, caiu a outra, 40 milhões para 92; em<br />
2003, caiu a externa, 33 para 106; em 2004, subiu a