Ata da 10ª Reunião da Sub -relatoria de Con ... - Senado Federal
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Julho <strong>de</strong> 2006 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL – SUPLEMENTO Terça-feira 18 5015<br />
A SRª EMILY SONIA FUKUDA YAMASHITA – Até<br />
porque acho que ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s situações retrata<strong>da</strong>s<br />
<strong>de</strong>ve ter tido uma evolução diferente na evolução do<br />
relacionamento. Tenho certeza, porque quando o senhor<br />
me fala que Santan<strong>de</strong>r era zero, quer dizer que<br />
ele nem tinha contrato, então, em 2002, suponho.<br />
O SR. RELATOR (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Exato. Era isso, não era?<br />
A SRª EMILY SONIA FUKUDA YAMASHITA<br />
– Nem tinha contrato. Então, acho que precisaria, nos<br />
casos...<br />
O SR. RELATOR (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Não tinha contrato e voltou com ganhos. É<br />
isso o que está nos espantando.<br />
A SRª EMILY SONIA FUKUDA YAMASHITA – A<br />
nossa posição seria analisar caso a caso.<br />
O SR. RELATOR (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – É que, na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, o Santan<strong>de</strong>r, na época, era<br />
Banespa, e foi privatizado. Por isso que o coeficiente<br />
é zero. Era um novo banco.<br />
A SRª EMILY SONIA FUKUDA YAMASHITA – A<br />
minha posição seria <strong>de</strong> analisar caso a caso, ca<strong>da</strong><br />
um <strong>de</strong>les.<br />
O SR. RELATOR (José Eduardo Cardozo. PT –<br />
SP) – Então, a minha pergunta é: a senhora acha que<br />
teria <strong>de</strong> ter, ao invés <strong>da</strong> fórmula uniforme do manual,<br />
teria <strong>de</strong> ser estu<strong>da</strong>do caso a caso, para ver qual é a<br />
remuneração <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> situação específica?<br />
A SRª EMILY SONIA FUKUDA YAMASHITA<br />
– Sim.<br />
O SR. RELATOR (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Porque, nesse caso, alguém po<strong>de</strong> estar ganhando<br />
mais e alguém po<strong>de</strong> estar ganhando menos.<br />
Seria isso?<br />
A SRª EMILY SONIA FUKUDA YAMASHITA<br />
– Eventualmente, sim.<br />
O SR. RELATOR (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Essa é a pergunta para a qual eu estava tentando<br />
obter uma resposta.<br />
Relativamente ao monopólio dos Correios, qual<br />
é a posição <strong>da</strong> Abrapost?<br />
A SRª EMILY SONIA FUKUDA YAMASHITA – A<br />
privatização?<br />
O SR. RELATOR (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Não, o monopólio, o contrário. Bom, se quiser<br />
respon<strong>de</strong>r sobre a privatização...<br />
A SRª EMILY SONIA FUKUDA YAMASHITA<br />
– Achamos o seguinte: a empresa... Essa questão do<br />
monopólio, o conceito, hoje, está bastante polêmico e<br />
tem-se valido disso a concorrência para po<strong>de</strong>r... Apesar<br />
<strong>de</strong> o senhor discor<strong>da</strong>r, <strong>de</strong> fato, existe a concorrência.<br />
Agora, se a empresa prescindir <strong>da</strong> reserva <strong>de</strong> mercado<br />
que ela tem hoje, ela não se tornará sustentável e<br />
não sobrevive, porque a estrutura <strong>de</strong> custos, a <strong>de</strong>spesa<br />
alta que ela tem é uma <strong>de</strong>spesa que garante a entrega<br />
universal dos objetos. Sem o monopólio, ela não tem<br />
condição <strong>de</strong> manter essa estrutura, assim como sem<br />
o segmento concorrencial também não. Se tirar o monopólio,<br />
vamos ter situações como as que acontecem<br />
em outros países. Já acontece hoje. A concorrência<br />
só atua nos gran<strong>de</strong>s centros, que são rentáveis. As<br />
populações dos rincões, dos Municípios não tão rentáveis<br />
não serão atendi<strong>da</strong>s. Acho que per<strong>de</strong>remos em<br />
termos <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Agora, o mercado carece <strong>de</strong> uma regulamentação.<br />
É um mercado totalmente <strong>de</strong>sregulado. Qualquer<br />
um po<strong>de</strong> abrir ou não uma empresa e sair entregando<br />
objeto e captando objeto. Acho que carece <strong>de</strong> regras<br />
claras, até para o empresário que vá...<br />
O SR. RELATOR (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – A senhora, então, é favorável ao monopólio?<br />
A SRª EMILY SONIA FUKUDA YAMASHITA<br />
– Sou favorável ao monopólio, sim. Hoje, sem o monopólio,<br />
a nossa empresa vai fenecer e a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos<br />
serviços vai ser prejudica<strong>da</strong> para o ci<strong>da</strong>dão comum.<br />
O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT – RS) – Sr.<br />
Presi<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong>ixa eu fazer uma colocação final, em<br />
cima <strong>de</strong>ssa questão. Acho que é importante <strong>de</strong>ixar,<br />
pelo menos é a minha convicção e combina com a <strong>da</strong><br />
nossa <strong>de</strong>poente, que há, na questão dos Correios, o<br />
fato <strong>de</strong> eles terem o monopólio, o que permite a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
do subsídio cruzado. Ou seja, tem lugares<br />
que são um filé mignon para os Correios atuarem e<br />
tem lugar que é carne <strong>de</strong> pescoço. Havendo o monopólio,<br />
os Correios dão o mesmo tratamento para todos,<br />
tendo prejuízo num, mas em outro tendo lucro,<br />
que cobre. Dou como exemplo o Banco do Brasil. Sou<br />
funcionário do Banco do Brasil, que é um pouco parecido<br />
com isso. Tem agência do Banco do Brasil que<br />
dá prejuízo, mas ele tem <strong>de</strong> estar lá como um banco<br />
público, como um banco estatal, como um banco do<br />
Governo para prestar um serviço social. Os Correios<br />
também têm <strong>de</strong> estar lá, é um preço que têm <strong>de</strong> pagar.<br />
Aí, eles têm <strong>de</strong> ter uma compensação. A compensação<br />
é o monopólio.<br />
Agora, para avançar sem per<strong>de</strong>r o monopólio, na<br />
minha concepção, o jeito mais mo<strong>de</strong>rno é a franquia.<br />
Aí, os Correios atuam <strong>de</strong> duas formas: uma, sem abrir<br />
mão do monopólio, mas abrindo espaços para qualificar<br />
o serviço dos Correios. Aliás, dou como exemplo, e<br />
concluo, a questão <strong>da</strong> Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral com<br />
as loterias. A Caixa Fe<strong>de</strong>ral não teria como atuar nas<br />
loterias se tivesse – ela, Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral<br />
– que ser a dona <strong>da</strong>s lotéricas. Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, ela ce<strong>de</strong>