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Ata da 10ª Reunião da Sub -relatoria de Con ... - Senado Federal

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Julho <strong>de</strong> 2006 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL – SUPLEMENTO Terça-feira 18 4959<br />

que era o preço mais alto. E nós abaixamos esse preço<br />

para 389 mil e 500, ou seja, mais ou menos...<br />

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP) – Sr.<br />

Relator, a Total foi <strong>de</strong>sclassifica<strong>da</strong> porque <strong>de</strong>u 10% a<br />

mais do que as outras e a...<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />

– SP) – Do que o valor admitido como preço...<br />

O SR. ROBERTO KFOURI – É. Me parece...<br />

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP) – E<br />

o seu preço é maior do que a Total, por que a sua não<br />

foi <strong>de</strong>sclassifica<strong>da</strong>?<br />

O SR. ROBERTO KFOURI – Não, Execelência.<br />

Não. Me parece que é <strong>de</strong>sclassificado no pregão a<br />

empresa que tem 10% acima do menor preço. O <strong>da</strong><br />

Total era 433 e o nosso era 424.<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />

PT – SP) – Está <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> faixa <strong>de</strong> variação em que<br />

se permite novos lances. Porque no pregão você tem<br />

uma faixa <strong>de</strong> valor acima do qual a empresa já está<br />

fora. Se há uma diferença <strong>de</strong> até 10% entre a primeira<br />

proposta e as outras, você tem o leilão ao inverso. Não.<br />

É que o leilão é o menor preço. Perdão, o pregão é o<br />

menor preço, não é o maior.<br />

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP) –<br />

Alguém também está 10% acima do preço <strong>de</strong>le (Fora<br />

do microfone. Inaudível.).<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />

– SP) – Não. Ele está na faixa dos 10%. Não é isso?<br />

O SR. ROBERTO KFOURI – Estamos na faixa<br />

dos 10%.<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />

PT – SP) – A outra não. Está um pouquinho acima<br />

dos 10%.<br />

O SR. ROBERTO KFOURI – Estamos próximo,<br />

na faixa dos 10%.<br />

E <strong>de</strong> 424, nós abaixamos o que nós podíamos<br />

abaixa, que era alguma coisa próxima a 8% e paramos<br />

no primeiro lance. Então, acho que isso é muito<br />

importante, Excelência, porque esse certame, ele foi<br />

até o décimo-sexto lance. E nós paramos no primeiro<br />

porque era a nossa, era a nossa margem, não é?<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />

PT – SP) – Veja, vou lhe dizer um expediente que é<br />

comum na disputa <strong>de</strong> licitações do pregão, porque a<br />

fase <strong>de</strong> habilitação, ela sempre fica a posteriori que<br />

é justamente para empresas que às vezes po<strong>de</strong>m até<br />

não serem inabilita<strong>da</strong>s forçarem a <strong>de</strong>scer o preço.<br />

O SR. ROBERTO KFOURI – Isso.<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />

– SP) – Às vezes, certos concorrentes usam braços<br />

ocultos para forçar <strong>de</strong>scer o preço e afastar um outro<br />

concorrente virtual. Então, vamos imaginar, por exemplo,<br />

que o senhor estivesse – não estou afirmando isso,<br />

estou falando em tese – o senhor estivesse atuando<br />

em conluio com a Skymaster, por exemplo. Se o senhor<br />

estivesse atuando em conluio com a Skymaster<br />

para tirar a Beta do mercado, se eventualmente, num<br />

certo momento, a Skymaster chegasse ao seu piso<br />

e a Beta estivesse abaixo do piso, o senhor po<strong>de</strong>ria<br />

entrar e tentar forçar o preço mais para baixo, <strong>de</strong> uma<br />

maneira a jogar a Beta para fora do mercado.<br />

O SR. ROBERTO KFOURI – Excelência, eu não<br />

sou especialista em licitação. Foi o nosso primeiro pregão.<br />

Eu digo para o senhor o seguinte: nós...<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />

– SP) – Porque o que me causa espécie é o senhor<br />

participar, <strong>da</strong>r novo lance sabendo que jamais ganharia.<br />

O senhor estava inabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. O senhor sabia disso.<br />

E todos não sabiam, porque o seu envelopinho com<br />

a documentação estava fechado, mas era óbvio que<br />

estava inabilitado.<br />

O SR. ROBERTO KFOURI – Bom, Excelência,<br />

se eu conseguir <strong>de</strong>movê-lo <strong>de</strong>ssa opinião eu me sentiria,<br />

hoje, realizado.<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />

PT – SP) – Eu adoraria ser <strong>de</strong>movido. Eu só não sei<br />

como o senhor seria habilitado se o senhor não tinha<br />

o documento básico indispensável para ganhar a licitação?<br />

O SR. ROBERTO KFOURI – Digo ao senhor, o senhor<br />

fez uma certa simulação. Só digo o seguinte...<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />

PT – SP) – Não. Não. Não. Eu levantei uma tese. Uma<br />

tese. Porque o senhor há <strong>de</strong> concor<strong>da</strong>r comigo. O senhor<br />

é amigo do Sr. Antônio Augusto...<br />

O SR. ROBERTO KFOURI – Sim.<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />

– SP) – E, veja, vamos construir a situação.<br />

O SR. ROBERTO KFOURI – Sim.<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />

PT – SP) – O senhor saiu <strong>da</strong> sua empresa original,<br />

montou, saiu <strong>da</strong> Philips e montou a Brasair. Teve investimento<br />

<strong>de</strong> 1 milhão e 800 mil dólares, ven<strong>de</strong> essa<br />

empresa – estou falando por baixo – tem um avião <strong>de</strong><br />

1 milhão e 800 mil dólares, ven<strong>de</strong> esta empresa para<br />

o dono <strong>da</strong> Beta por 100 mil dólares alegando razões<br />

pessoais. Respeito.<br />

O SR. ROBERTO KFOURI – É, eu fiquei....<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />

PT – SP) – Mas o senhor há <strong>de</strong> concor<strong>da</strong>r que é raro<br />

no mercado uma pessoa abrir mão <strong>de</strong> 1 milhão e 700<br />

mil dólares, no mínimo, numa negociação, tendo um<br />

prejuízo tão gran<strong>de</strong>. E <strong>de</strong>pois volta para a própria empresa<br />

que ven<strong>de</strong>u com prejuízo para trabalhar como<br />

empregado ganhando 10 mil reais por mês. A sua história<br />

po<strong>de</strong> ser rigorosamente ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira.

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