Ata da 10ª Reunião da Sub -relatoria de Con ... - Senado Federal
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5034 Terça-feira 18 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL – SUPLEMENTO Julho <strong>de</strong> 2006<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – São as<br />
condições <strong>de</strong> mercado, Deputado. E outra, eu expliquei,<br />
logo no começo para o senhor, que eu começo<br />
um contrato com 8% e o termino com zero, ou até<br />
com prejuízo. Isso não quer dizer que vou ter 8% <strong>de</strong><br />
lucrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> do primeiro ao último dia do contrato. As<br />
situações mu<strong>da</strong>m, principalmente no Brasil, em que o<br />
aumento <strong>de</strong> combustível é <strong>de</strong> quinze em quinze dias;<br />
e o combustível representa 70% do meu custo, numa<br />
operação normal.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Estamos aqui fazendo uma análise <strong>da</strong><br />
sua contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, e os números não batem. Esse é<br />
o problema.<br />
Tudo aquilo que o senhor ganhou com as outras<br />
empresas, o argumento utilizado pelo senhor agora,<br />
não seria suficiente para cobrir o que o senhor teve e<br />
ter o resultado contábil obtido. Percebe? Não bate.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Mas a condições<br />
<strong>de</strong> um ano para o outro mu<strong>da</strong>m. Isso não tem<br />
na<strong>da</strong> <strong>de</strong> fixo.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Não se trata <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> ano. Pegamos<br />
tudo aquilo que o senhor <strong>de</strong>clara receber <strong>de</strong> outras<br />
empresas, verificamos o rombo, e não bate com o resultado.<br />
Não fecha. Ou o seu balanço está totalmente<br />
errado, houve um problema contábil; ou, infelizmente,<br />
a explicação que o senhor está <strong>da</strong>ndo-nos, neste<br />
momento, não fecha em relação ao prejuízo que teve,<br />
porque o senhor respon<strong>de</strong>u bem. Foram pegas as receitas<br />
<strong>da</strong>s outras empresas e bateram, só que estas<br />
outras receitas implicavam custos, só pegando as outras<br />
receitas brutas, para cobrir o buraco. Não há lógica<br />
, pois isso não bate contabilmente.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Aí teríamos<br />
que pegar operação por operação, todos os contratos<br />
que tive durante esses dois anos que vocês estão comparando,<br />
para po<strong>de</strong>r evi<strong>de</strong>nciar o que é que aconteceu<br />
efetivamente <strong>de</strong> lucrativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Por que em um ano tive<br />
prejuízo e,em outro,tive lucro?<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Não. Tenho aqui to<strong>da</strong>s as receitas <strong>da</strong> Skymaster.<br />
Não queremos ser injustos com ninguém.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Perfeito.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Estamos fazendo um estudo meticuloso<br />
<strong>da</strong> contabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Então, temos to<strong>da</strong>s as receitas <strong>de</strong><br />
2000, 2001, 2002, 2003, 2004. Estamos comparando<br />
com as outras receitas. Aqui está o total.<br />
Então, olhe: Skymaster (Correios) – no ano <strong>de</strong><br />
2000, R$34 milhões; 2001, R$25 milhões; 2002, R$92<br />
milhões; 2003, R$106 milhões; cai em 2004 para R$57<br />
milhões. Aqui está a proporção. Pelo estudo, não fe-<br />
cha. Não haveria como suportar, com aquele resultado<br />
contábil que o senhor teve, o <strong>da</strong>no que o senhor<br />
disse ter tido.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Mas condições<br />
do contrato dos Correios não são as mesmas<br />
<strong>da</strong> minha carga própria, dos meus clientes diretos,<br />
completamente diferente.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Com certeza, mas o senhor tem custos, não<br />
é? O senhor tem <strong>de</strong> pagar a gasolina...<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Tenho custos,<br />
mas...<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – O senhor não pega a receita bruta e cobre<br />
tudo, o senhor tem <strong>de</strong> pagar o avião, tem <strong>de</strong> pagar<br />
tudo. O avião não <strong>de</strong>cola <strong>de</strong> graça, tem <strong>de</strong> colocar<br />
combustível, tem <strong>de</strong> pagar um monte <strong>de</strong> coisas. Então,<br />
o senhor pegou to<strong>da</strong> a receita bruta que recebeu<br />
<strong>da</strong>s outras empresas, cobriu o buraco e não constou<br />
na<strong>da</strong> no seu balanço. O senhor percebe?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Não. O meu<br />
balanço, inclusive, é auditado por auditoria in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
e pelo próprio DAC. Não tem...<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – O que nos leva a crer que o senhor não teve<br />
o prejuízo <strong>de</strong> 22 milhões que o senhor alega. Percebe<br />
on<strong>de</strong> está o problema? Também confio que o seu balanço<br />
está bom, mas não estou confiando na informação<br />
<strong>de</strong> que o senhor teve esse prejuízo, porque está<br />
me parecendo que, ao invés do que o senhor disse,<br />
o senhor não subfaturou, o senhor chegou ao preço<br />
real. O senhor super faturava antes. Todos os <strong>da</strong>dos<br />
caminham nessa linha. Por isso que estou ouvindo o<br />
senhor, para que o senhor nos forneça uma indicação<br />
que nos permita mu<strong>da</strong>r isso. Mas, vamos lá. No<br />
ano <strong>de</strong> 2004, a Skymaster acusou um prejuízo <strong>de</strong> R$:<br />
532.915,00, sendo que nesse período ela transferiu aos<br />
seus sócios, ao longo <strong>da</strong>quele exercício, o montante,<br />
até agora i<strong>de</strong>ntificado, po<strong>de</strong> variar, <strong>de</strong> 4 milhões, 732<br />
mil, 598 reais. A que título esse dinheiro foi transferido<br />
para o sócio <strong>da</strong>s Skymaster no ano <strong>de</strong> 2004?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – No ano <strong>de</strong><br />
2004 não foi transferido esse valor <strong>da</strong> Skymaster. Foi<br />
transferido <strong>de</strong> outra empresa, <strong>da</strong> Skycargas.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Foi <strong>da</strong> Skycargas? Peço que a consultoria<br />
analise isso. A que título foram efetivados esses pagamentos,<br />
então, <strong>da</strong> Skycargas?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – De lucro.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Da Skycargas. Foram recolhidos os pagamentos<br />
<strong>de</strong> 27,5% em razão do imposto <strong>de</strong> ren<strong>da</strong>?