Ata da 10ª Reunião da Sub -relatoria de Con ... - Senado Federal
Ata da 10ª Reunião da Sub -relatoria de Con ... - Senado Federal
Ata da 10ª Reunião da Sub -relatoria de Con ... - Senado Federal
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
5030 Terça-feira 18 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL – SUPLEMENTO Julho <strong>de</strong> 2006<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Daí a 4<br />
meses.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Mas ele sempre é consi<strong>de</strong>rado <strong>da</strong>í a 4 meses,<br />
mas retroativamente com a compensação.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Nunca.<br />
Nunca volta ao preço lá <strong>de</strong> trás. O reequilíbrio é feito<br />
<strong>da</strong>í pra frente.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Perdão. O reequilíbrio econômico-financeiro<br />
– inclusive houve casos em que você registra o<br />
momento <strong>da</strong> ocorrência. É sempre assim no mundo<br />
público, ou seja, não dou <strong>da</strong>li pra frente. Se o aumento<br />
<strong>da</strong> gasolina se <strong>de</strong>u na <strong>da</strong>ta “x”, é a partir <strong>de</strong>ssa <strong>da</strong>ta<br />
que se dá o reequilíbrio. E os senhores tiveram reequilíbrios<br />
assim.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Não, não<br />
tivemos. Po<strong>de</strong> ser que tenhamos tido, não acompanhei<br />
exatamente essa questão.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Se não tiveram, o jurídico dos senhores<br />
cometeu uma gran<strong>de</strong> falha, porque é <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta em que<br />
ocorre o <strong>de</strong>sequilíbrio econômico-financeiro que tem<br />
que haver o reajuste. Se se <strong>de</strong>r a partir do momento<br />
em que o senhor teve <strong>de</strong>fasagem, o senhor irá à Justiça<br />
e ganhará tranqüilamente.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – É até uma<br />
boa idéia para o meu advogado anotar, porque não é<br />
esse o procedimento.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – O Dr. Advogado já terá tarefa, então, no<br />
futuro, porque...<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Você presta<br />
serviço, subiu hoje o combustível, não chego aos Correios,<br />
e os Correios me aumenta o preço.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Os senhores têm requerido os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong>ssa<br />
maneira.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Po<strong>de</strong> até<br />
ser, não digo que não tenhamos, mas o procedimento<br />
não é esse.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – É este. É assim que funciona, é na <strong>da</strong>ta em<br />
que ocorre o <strong>de</strong>sequilíbrio econômico-financeiro, que<br />
se faz a situação, se verifica e temos requerido para<br />
compensar, senão não estaria assegurado o equilíbrio<br />
econômico-financeiro <strong>de</strong> uma proposta.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Os aumentos<br />
<strong>de</strong> preços <strong>de</strong> combustíveis, no ano <strong>de</strong> 2004,<br />
ocorreram dia 15 <strong>de</strong> janeiro, 31 <strong>de</strong> janeiro, 1º <strong>de</strong> fevereiro,<br />
15 <strong>de</strong> fevereiro e fomos ter recomposição <strong>de</strong>sses<br />
preços em abril. Portanto, ficamos janeiro, fevereiro,<br />
março e abril sem recompor o preço do combustível<br />
que representava no custo final <strong>da</strong> nossa prestação<br />
<strong>de</strong> serviços.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Vamos voltar a raciocinar, então, naquele<br />
preço original – e sua planilha está aqui se o senhor<br />
quiser olhar. O preço era R$300.154,79 mil; continha<br />
uma remuneração <strong>de</strong> R$2 mil ao dia. <strong>Con</strong>fere?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Aqui só<br />
estou com a planilha dos prejuízos.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Está? Uma só?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – É.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Ah, a outra não está aqui. Mas é isso, R$2 mil<br />
o dia. O preço que o senhor praticava antes dos 300<br />
mil era R$429.987,00 mil, ou seja, houve uma redução<br />
aqui <strong>de</strong> 129 mil no preço anterior. De acordo?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – De acordo.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Se esse era o preço anterior, se preço <strong>de</strong><br />
300 mil continha uma remuneração <strong>de</strong> R$2 mil/dia,<br />
o preço anteriormente que vinha sendo praticado <strong>de</strong><br />
429 mil <strong>de</strong>veria conter cerca <strong>de</strong> 131 mil <strong>de</strong> diferença<br />
a mais. Correto?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Correto.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Deduzindo-se a parcela relativa ao imposto<br />
que seria acrescido com a elevação do valor<br />
faturado, encontraríamos uma lucrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> em torno<br />
<strong>de</strong> R$120 mil.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Correto.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Esse valor <strong>de</strong> R$120 mil ao dia representaria,<br />
então, uma lucrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 28% sobre o preço <strong>de</strong><br />
R$429.987,00 mil, já <strong>de</strong>scontado o imposto. No entanto,<br />
em planilha <strong>de</strong> custos apresenta<strong>da</strong> pela empresa <strong>de</strong> V.<br />
Sª, quando <strong>da</strong> solicitação <strong>de</strong> reequilíbrio para as linhas<br />
contrata<strong>da</strong>s a remuneração <strong>de</strong>clara<strong>da</strong> era <strong>de</strong> 20,73%<br />
para a linha A, e 21,71% para a linha C. Ou seja, estava<br />
escondido no que os senhores apresentaram 8%<br />
<strong>de</strong> diferença em relação aos seus próprios números.<br />
Como é que o senhor explicaria isso?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Bom, eu<br />
teria que pegar to<strong>da</strong> a composição <strong>de</strong> custo <strong>de</strong>ssa<br />
época. De cabeça, aqui, eu não tenho condição <strong>de</strong><br />
fazer uma análise em cima dos números apresentados<br />
naquela época.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Mas vamos analisar o que o senhor próprio<br />
falou. O senhor falou que a remuneração média é em<br />
torno <strong>de</strong> 8% <strong>de</strong> lucrativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Esse valor, 8%, foi inclusive<br />
confirmado pelo Sr. Augusto <strong>Con</strong>ceição Morato,