Ata da 10ª Reunião da Sub -relatoria de Con ... - Senado Federal
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Julho <strong>de</strong> 2006 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL – SUPLEMENTO Terça-feira 18 5021<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Particularmente aí, nesse caso, o conluio<br />
teria sido coman<strong>da</strong>do pela Beta?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Não, pela<br />
Promo<strong>da</strong>l.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Pela Promo<strong>da</strong>l?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Pela Promo<strong>da</strong>l.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Que pertence ao Sr. Augusto?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Antonio<br />
Augusto Morato Leite Filho.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Que chegou a trabalhar também na Skymaster?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Antonio Augusto<br />
nunca chegou a trabalhar na Skymaster.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Mas tinha um contrato com a Skymaster?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Tinha um<br />
contrato <strong>de</strong> parceria <strong>de</strong> negócios. Isso é comum entre<br />
as companhias aéreas.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – E o que aconteceu para se <strong>da</strong>r esse rompimento<br />
com o Sr. Augusto, para que ele coman<strong>da</strong>sse<br />
um lobby, mais que um lobby, um conluio <strong>de</strong> empresas<br />
para afastar a Skymaster?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Ele queria<br />
o contrato que era <strong>da</strong> Skymater. Ele queria ele prestar<br />
serviço para os Correios.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Os senhores quando mergulharam com esse<br />
preço, obviamente, colocaram o preço subfaturado.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Correto.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Sabiam que ganhariam a licitação com o<br />
preço subfaturado?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Perfeito.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – E, portanto, um preço inexeqüível. Os senhores<br />
pretendiam manter esse contrato com preços<br />
inexeqüíveis <strong>de</strong> que maneira?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Quando<br />
mergulhamos nesse preço, fomos instruídos pelos advogados<br />
<strong>de</strong> que o processo licitatório estava tão eivado<br />
<strong>de</strong> vícios, com evidências claras <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a manobra<br />
que havia ocorrido, que os advogados, na época, nos<br />
garantiram que esse certame ia ser anulado e promovido<br />
outro certame, porque a seqüência <strong>de</strong> erros e as<br />
arbitrarie<strong>da</strong><strong>de</strong>s pratica<strong>da</strong>s no processo eram tão gran<strong>de</strong>s<br />
que ele não tinha condição <strong>de</strong> continuar.<br />
Nós, inicialmente, acreditamos nisso e ganhamos<br />
a licitação, certos <strong>de</strong> que to<strong>da</strong>s as irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s seriam<br />
aponta<strong>da</strong>s, inclusive foi objeto nosso do recurso<br />
junto aos Correios; apresentamos para a apregoeira, no<br />
dia do pregão, to<strong>da</strong>s as irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s sobre as outras<br />
empresas: Varig Log, Beta, Promo<strong>da</strong>l, TCB; ninguém<br />
nos <strong>de</strong>u ouvidos, sequer abriram a documentação dos<br />
outros licitantes. E tínhamos convicção <strong>de</strong> que ia prevalecer<br />
a parte legal do processo, <strong>de</strong> que o processo<br />
seria anulado pelos vícios.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Anulado por quem?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Pelo Po<strong>de</strong>r<br />
Público. Nós nos socorremos do Po<strong>de</strong>r Público.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – O Po<strong>de</strong>r Público seria os Correios?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – O Ministério<br />
Público Fe<strong>de</strong>ral.<br />
Fizemos os nossos recursos junto aos Correios<br />
e acreditávamos que as evidências que estávamos<br />
apresentando...<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Os senhores chegaram a representar ao<br />
Ministério Público?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Chegamos.<br />
No dia 19 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2003, fizemos uma<br />
representação.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Por que não foram à Justiça?<br />
Veja: os senhores são uma empresa que atua<br />
há tempos em licitação e são pessoas experientes. É<br />
evi<strong>de</strong>nte que se eu tenho uma licitação que é vicia<strong>da</strong>,<br />
não uso como estratégia subfaturar preços para inviabilizá-la;<br />
eu impetro um man<strong>da</strong>do <strong>de</strong> segurança contra<br />
os vícios do edital e consigo uma liminar, o que, aliás,<br />
é uma prática comum no meio <strong>de</strong> quem atua em procedimentos<br />
licitatórios.<br />
Por que os senhores não fizeram isto?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Nós fizemos.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Impetraram man<strong>da</strong>do <strong>de</strong> segurança?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Impetramos<br />
man<strong>da</strong>do <strong>de</strong> segurança; o processo licitatório foi<br />
suspenso, mas dois ou três dias <strong>de</strong>pois a liminar foi<br />
cassa<strong>da</strong> e o processo aconteceu normalmente.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Ou seja, os senhores não tinham, então, tanta<br />
certeza <strong>de</strong> que <strong>da</strong>ria resultado.<br />
É sabido que, numa licitação, quando alguém oferece<br />
um preço está obrigado a assinar o contrato, até<br />
porque a Lei nº 8.666 diz que aquele que se recusa a<br />
aperfeiçoar o contrato fica numa situação equivalente