Ata da 10ª Reunião da Sub -relatoria de Con ... - Senado Federal
Ata da 10ª Reunião da Sub -relatoria de Con ... - Senado Federal
Ata da 10ª Reunião da Sub -relatoria de Con ... - Senado Federal
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Julho <strong>de</strong> 2006 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL – SUPLEMENTO Terça-feira 18 5011<br />
mentos <strong>de</strong> menor porte. E, ca<strong>da</strong> vez mais, o mercado<br />
exige que ofereçamos soluções completas.<br />
Inclusive, em relação a esses clientes, que V. Exª<br />
menciona, <strong>de</strong> bancos, sabemos <strong>de</strong> casos em que os<br />
franqueados permaneceram imprimindo, auto-envelopando<br />
e fazendo a entrega, pelo cliente, apesar <strong>de</strong><br />
não receber, mas cobrando por esse tipo <strong>de</strong> prestação<br />
<strong>de</strong> serviço.<br />
Então, acreditamos; e é tendência do mercado<br />
isso, po<strong>de</strong>r oferecer a solução ca<strong>da</strong> vez mais completa.<br />
Acho que há um certo <strong>de</strong>sconhecimento nesse<br />
<strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> enxergar a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s nossas<br />
agências. Não somos simplesmente, hoje, agências<br />
com funcionários que ficam atrás do balcão esperando<br />
que o cliente traga tudo pronto. Vamos muito mais no<br />
início <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia produtiva do cliente <strong>de</strong> comunicação<br />
para po<strong>de</strong>r oferecer esse tipo <strong>de</strong> solução.<br />
Então, não concordo. Viemos fazendo investimento,<br />
sim; posso, inclusive, testemunhar que, em 1993,<br />
fomos os pioneiros em informatizar as agências <strong>de</strong><br />
Correios, a contragosto <strong>da</strong>s franqueadoras, porque<br />
achávamos que haveria uma possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> muito maior<br />
do serviço sair preciso, ágil.<br />
E, pasmem V. Exªs! Quantas vezes tivemos <strong>de</strong><br />
convencer os Correios <strong>de</strong> que apresentar uma lista informatiza<strong>da</strong>,<br />
<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> se<strong>de</strong>x, era muito mais<br />
preciso e sujeito a menos trabalho, a erros, oferecendo<br />
um alista informatiza<strong>da</strong> do que aquela carbona<strong>da</strong>,<br />
escrita à mão, que o cliente tinha <strong>de</strong> preencher manualmente.<br />
E, pasmem: tivemos, por muitos meses, <strong>de</strong><br />
passar a limpo, à mão, os balancetes que eram gerados<br />
no computador para que os Correios aceitassem,<br />
naquele formulário tradicional e com carbono.<br />
Vínhamos investindo. Acho que existe certo <strong>de</strong>sconhecimento<br />
do ex-Presi<strong>de</strong>nte ao fazer esse tipo <strong>de</strong><br />
afirmação.<br />
O SR. RELATOR (José Eduardo Cardozo. PT –<br />
SP) – Ele prossegue dizendo o seguinte – eu o estava<br />
argüindo naquele momento. Eu disse a ele: “Houve um<br />
momento em que a re<strong>de</strong> franquea<strong>da</strong> atendia os gran<strong>de</strong>s<br />
clientes, mas, <strong>de</strong>pois disso, passou para a alça<strong>da</strong> dos<br />
Correios. Parece que essa <strong>da</strong>ta foi em 2002, portanto,<br />
talvez durante a gestão <strong>de</strong> V. Sª”. Ele disse: “Foi na minha<br />
gestão”. Perguntei eu: “Como foi esse processo?”<br />
Respon<strong>de</strong>u-me ele: “Foi uma <strong>de</strong>cisão interna nossa”.<br />
Perguntei eu: “Por quê?” Disse-me ele: “Porque os custos<br />
repassados aos franqueados eram muito altos, muito<br />
significativos, e tínhamos condições <strong>de</strong> realizar aquela<br />
tarefa. Tão simples quanto isto”. Perguntei eu: “Houve<br />
algum estudo escrito para isso?” Respon<strong>de</strong>u-me ele:<br />
“Ah, <strong>de</strong>ve ter estudo, sim, mas lhe digo o seguinte: eu<br />
dispensaria estudos. Houve estudos no seguinte sen-<br />
tido – isso posso lhe afirmar: o que precisamos dispor<br />
para prestar o serviço, isso houve”.<br />
Nesse sentido, Sr. Relator, houve. De que forma<br />
<strong>de</strong>veríamos a<strong>de</strong>quar aquilo que não estava sendo feito<br />
para que pudéssemos fazê-lo? Então, por exemplo,<br />
alocar um ou dois carros? Isso, com certeza, foi feito.<br />
Perguntei eu: “Portanto, quando houve a absorção <strong>de</strong>sse<br />
cliente pela estrutura central dos Correios, o senhor<br />
consi<strong>de</strong>ra que essa operação foi um êxito?” Disse-me<br />
ele: “Com certeza e será a qualquer momento que os<br />
Correios resolvam fazê-lo”. Perguntei eu: “Houve redução<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>? Permaneceu no mesmo nível?” Ele<br />
me respon<strong>de</strong>u: “Não. A mesma coisa”. Eu perguntei:<br />
“No <strong>de</strong>poimento <strong>de</strong> ontem, do Diretor Comercial dos<br />
Correios, que <strong>de</strong>cidiu, em maio <strong>de</strong> 2005, pelo retorno<br />
<strong>de</strong> quatro bancos para a re<strong>de</strong> franquea<strong>da</strong>, foi argumentado<br />
que esse retorno implicou uma substantiva<br />
elevação <strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> e, portanto, em ganhos para os<br />
Correios. O senhor vê alguma razão para que tenha<br />
havido essa elevação <strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>?” Respon<strong>de</strong>u-me<br />
ele: “Eu não posso respon<strong>de</strong>r em cima <strong>de</strong> coisas que<br />
eu não conheço, não é? Mas, se eu fosse respon<strong>de</strong>r,<br />
seria uma informação”... In<strong>da</strong>guei: “Pela sua experiência?”<br />
Ele respon<strong>de</strong>u: “Eu diria que ao contrário. Se<br />
fosse aumentar a <strong>de</strong>man<strong>da</strong>, seria no sentido contrário,<br />
ou seja, quando os Correios assumiram, porque, com<br />
certeza, não há dúvi<strong>da</strong> quanto a isso, o relatório dos<br />
Correios mostra que havia frau<strong>de</strong>s na postagem, no<br />
franqueamento <strong>de</strong> objetos. Então, a lógica seria que<br />
fosse o contrário, não é? Mas eu não estou fazendo<br />
uma afirmação, estou fazendo uma avaliação, uma<br />
ilação”.<br />
Ou seja, ele diz que existiam frau<strong>de</strong>s, à época, na<br />
postagem e que, portanto, o fato <strong>de</strong> os Correios terem<br />
absorvido, ao ver <strong>de</strong>le, como uma ilação, como uma<br />
<strong>de</strong>dução, isso implicaria uma elevação <strong>de</strong> ganhos, em<br />
vez <strong>de</strong> per<strong>da</strong> para os Correios.<br />
A senhora tem ciência <strong>de</strong>sse fato ou não? Ele<br />
mais uma vez <strong>de</strong>sconhece a reali<strong>da</strong><strong>de</strong>?<br />
A SRª EMILY SONIA FUKUDA YAMASHITA<br />
– Eu não sei. A questão central é que ele está achando<br />
que tem...<br />
O SR. RELATOR (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Que havia frau<strong>de</strong>s na época e que, quando,<br />
na postagem, fazia uma série <strong>de</strong> questões, quando<br />
os Correios absorveram, obviamente, <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> haver<br />
uma per<strong>da</strong>.<br />
A SRª EMILY SONIA FUKUDA YAMASHITA –<br />
Olha, acho que, em termos <strong>da</strong> re<strong>de</strong> do nosso sistema,<br />
<strong>da</strong> re<strong>de</strong> como um todo, isso não é a prática habitual.<br />
Estamos sujeitos a tantos controles! E somos a favor,<br />
havendo situações pontuais <strong>de</strong> irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong> que<br />
se apure, que as regras sejam justas, claras, transpa-