Ata da 10ª Reunião da Sub -relatoria de Con ... - Senado Federal
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Julho <strong>de</strong> 2006 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL – SUPLEMENTO Terça-feira 18 5023<br />
<strong>de</strong> que os senhores teriam algum tipo <strong>de</strong> relação privilegia<strong>da</strong><br />
com os Correios que lhes permitiria recompor<br />
mais tar<strong>de</strong> os preços.<br />
O que nos chama a atenção? Se era subfaturado,<br />
por que os Correios não <strong>de</strong>sclassificaram a proposta<br />
– a lei permite isso – por ser manifestamente<br />
inexeqüível?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Perfeito.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Ou seja, não houve a <strong>de</strong>sclassificação por<br />
parte dos Correios, os senhores assinam os contratos<br />
e, <strong>de</strong>pois, sob o pretexto <strong>de</strong> restabelecer o equilíbrio<br />
econômico-financeiro, o preço foi recomposto<br />
no patamar <strong>de</strong> origem, em clara ofensa ao equilíbrio<br />
econômico-financeiro, que é <strong>de</strong>finido no momento <strong>da</strong><br />
proposta.<br />
Ou seja, na medi<strong>da</strong> em que o senhor – e aí pediria<br />
que o senhor comentasse isso... Se o preço realmente<br />
estava subfaturado, todos os reequilíbrios econômicos<br />
posteriores teriam mantido o preço subfaturado, porque<br />
o reequilíbrio econômico-financeiro não eleva preço,<br />
ele apenas ajusta a equação original.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Correto.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Na medi<strong>da</strong> em que foram <strong>da</strong>dos reequilíbrios<br />
econômico-financeiros posteriores e o preço ficou<br />
satisfatório, sou obrigado a concluir que houve aditamentos<br />
rigorosamente irregulares na medi<strong>da</strong> em que<br />
não mantiveram o equilíbrio econômico-financeiro, mas<br />
elevaram o preço. Estou enganado no raciocínio?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Completamente<br />
enganado.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Por quê?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – O nosso<br />
contrato começou <strong>de</strong> um preço, digamos, <strong>de</strong> cem;<br />
nunca teve reajuste <strong>de</strong> preço nenhum. Nós cumprimos<br />
um ano <strong>de</strong> contrato – o contrato é por um ano –,<br />
rigorosamente no preço...<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Não houve reequilíbrio?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Não houve<br />
reajuste. Houve reequilíbrio em função do aumento do<br />
combustível.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Houve revisão <strong>de</strong> preços.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Como?<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Houve revisão <strong>de</strong> preços.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Não, não.<br />
Revisão <strong>de</strong> preço, não. Houve reequilíbrio financeiro<br />
em função <strong>da</strong>s variáveis dos custos <strong>da</strong>s empresas<br />
aéreas e não foi a única...<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Se o senhor me permite: sempre que ocorre<br />
o reequilíbrio econômico-financeiro, o senhor tem a<br />
revisão <strong>de</strong> preços.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Mas esse<br />
é que é o engano total, porque não foi só a Skymaster<br />
que teve reequilíbrio econômico-financeiro, foram<br />
to<strong>da</strong>s as empresas do setor aéreo que o tiveram em<br />
função do aumento do combustível.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Veja o meu raciocínio.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Correto.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Para tentar ser bem preciso: o que é a equação<br />
econômico-financeira <strong>de</strong> um contrato? É a relação<br />
econômica e financeira entre as obrigações <strong>da</strong>s partes<br />
no momento em que se apresenta a proposta.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Correto.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – A garantia que a lei dá é que, ocorrendo<br />
qualquer fato futuro que implique o <strong>de</strong>sequilíbrio, a<br />
equação seja reajusta<strong>da</strong>, e é para isso que se faz a<br />
revisão <strong>de</strong> valores.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – A partir<br />
<strong>da</strong>í só.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Então, por exemplo, vamos imaginar que<br />
o preço fosse cem e que a gasolina subisse 10%. O<br />
senhor calcula o componente na gasolina e revê o<br />
preço só para isso.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Cento e<br />
seis.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – Ora, se o contrato estava subfaturado na<br />
origem, ele permanecerá subfaturado durante o ano<br />
inteiro.<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Perfeito.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – E o senhor está, então, me afirmando que,<br />
durante o ano inteiro, apesar do reequilíbrio econômico-financeiro<br />
do contrato, os senhores operaram em<br />
prejuízo?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Perfeito.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />
PT – SP) – De quanto o prejuízo?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Por volta<br />
<strong>de</strong> vinte, vinte e um milhões, no ano <strong>de</strong> 2004, com<br />
esse contrato.<br />
O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Vinte a vinte e um milhões. Qual o faturamento<br />
que do senhor naquele ano?<br />
O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Naquele<br />
ano?