Ata da 10ª Reunião da Sub -relatoria de Con ... - Senado Federal
Ata da 10ª Reunião da Sub -relatoria de Con ... - Senado Federal
Ata da 10ª Reunião da Sub -relatoria de Con ... - Senado Federal
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Julho <strong>de</strong> 2006 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL – SUPLEMENTO Terça-feira 18 5003<br />
pessoa está se reportando, porque chegou num centro<br />
<strong>de</strong> tratamento sem franqueamento, etc.; e a outra<br />
mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> é por contrato, em que o candi<strong>da</strong>to faz um<br />
contrato. Somente nessa situação excepcional é que<br />
o Correio permite que se faça contrato com pessoa física,<br />
porque todos os <strong>de</strong>mais contratos só po<strong>de</strong>m ser<br />
feitos por pessoa jurídica. Mas, na época <strong>da</strong> eleição,<br />
num <strong>de</strong>terminado período, os Correios permitem que<br />
se faça esses contratos. E esses contratos, como os<br />
outros, têm que ser levados para pesagem, para que<br />
seja feito todo um controle e seja verifica<strong>da</strong> a exatidão<br />
<strong>da</strong> cobrança. Então, acho meio complicado. Porque, no<br />
caso em que os objetos passam pela máquina <strong>de</strong> franquia<br />
e ficam estampados, se passar esse tipo <strong>de</strong> objeto<br />
num centro <strong>de</strong> tratamento qualquer, no primeiro centro<br />
on<strong>de</strong> nós <strong>de</strong>ixamos a carga, ou foi <strong>de</strong>scarrega<strong>da</strong>, até<br />
chegar ao eleitor, ao <strong>de</strong>stinatário, essa mesma carta<br />
passa por vários centros <strong>de</strong> triagem e <strong>de</strong> distribuição<br />
domiciliária. Nesse fluxo todo, existem vários centros,<br />
várias equipes <strong>de</strong> funcionários, até chegar no carteiro.<br />
Em todo esse fluxo, se houver qualquer irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
como essa, <strong>de</strong> uma carta que foi sem fraqueamento,<br />
qualquer funcionário do Correio po<strong>de</strong>rá lavrar um auto<br />
<strong>de</strong> irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong> – e ele <strong>de</strong>ve fazê-lo, porque objetos<br />
estão passando pelo fluxo sem que tenham sido <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente<br />
precificados. Então, esse é um <strong>de</strong>ver, e até<br />
o carteiro final tem <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar isso. E, normalmente,<br />
quando um candi<strong>da</strong>to, numa eleição, posta, ele não<br />
posta <strong>de</strong>z, vinte cartas. No mínimo, são mil, duas mil,<br />
cinqüenta mil peças. Imagine <strong>de</strong>scarregar, lá, vinte mil<br />
peças sem franqueamento – que vão para vários lugares,<br />
normalmente no mesmo Estado ou no mesmo<br />
Município –; alguém vai <strong>de</strong>tectar que está sem franqueamento.<br />
E, por isso, é lavrado um auto <strong>de</strong> irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
O carteiro <strong>da</strong> zona “a”, do bairro “b”, do Município<br />
tal, chega para a agência fazer o recolhimento. Então,<br />
acho muito difícil esse tipo <strong>de</strong> situação ocorrer.<br />
O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria <strong>de</strong> Sá. PTB<br />
– SP) – Para concluir, nobre Deputado.<br />
O SR. ONYX LORENZONI (PFL – RS) – Até vou<br />
parar com as perguntas em cima do <strong>de</strong>poimento do<br />
Marinho, porque, se não, teria mais algumas. Mas acho<br />
que foi muito útil, porque vai esclarecendo, <strong>de</strong>smistificando<br />
muita coisa que foi cria<strong>da</strong> e que tinha o objetivo,<br />
na minha opinião, claro, <strong>de</strong> atingir o sistema.<br />
Eu queria lhe fazer uma outra pergunta, que é a<br />
seguinte – e, com esta, encerro, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, com<br />
a tolerância <strong>de</strong> V. Exª –: existe, já manifestei isso em<br />
outro <strong>de</strong>poimento, algo que me incomo<strong>da</strong> pessoalmente,<br />
o fato <strong>de</strong> que houve um período em que, para haver<br />
uma transferência ou assunção <strong>de</strong> uma empresa,<br />
uma franquia, os Correios não faziam transferência.<br />
Tomei conhecimento, e ouvi um <strong>de</strong>poimento recente<br />
aqui, <strong>de</strong> que uma pessoa teve que transferir, porque<br />
o volume <strong>de</strong> dívi<strong>da</strong>s por operação era tão gran<strong>de</strong> que<br />
ela não tinha condição financeira <strong>de</strong> suportar. Como<br />
a regra era a <strong>de</strong> que os Correios não transferem ao<br />
proprietário, que alternativa tinha a pessoa que queria<br />
ven<strong>de</strong>r e a que queria comprar que não fazer um contrato<br />
chamado “contrato <strong>de</strong> gaveta”, para que, quando<br />
reabrisse a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> companhia, a<br />
transferência fosse feita?<br />
Eu já usei, naquele dia – e chamo a atenção do<br />
Presi<strong>de</strong>nte para isto –, o exemplo <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> pessoas<br />
no Brasil que adquiriram, nos últimos 15 anos, o<br />
seu imóvel, a sua casa própria <strong>de</strong>ssa forma. A Caixa<br />
não aceitava as revisionais, as dívi<strong>da</strong>s eram astronômicas<br />
e as pessoas transferiam a posse, via contratos<br />
particulares, que foram todos vali<strong>da</strong>dos, nos últimos<br />
três anos, pela própria Caixa Econômica Fe<strong>de</strong>ral, que<br />
fez a transferência e até criou uma empresa específica<br />
para administrar isso.<br />
Então, gostaria que a senhora fizesse um comentário<br />
sobre isso, para que ficasse registrado no seu<br />
<strong>de</strong>poimento – a senhora que representa as franquias<br />
–, porque eu tenho a impressão <strong>de</strong> que centenas <strong>de</strong><br />
franqueados no Brasil passaram por essa situação. E,<br />
em alguns momentos, tenta-se <strong>da</strong>r uma capa <strong>de</strong> ilegali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
ou irregulari<strong>da</strong><strong>de</strong> que, na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, na minha<br />
leitura, é um mecanismo <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa <strong>da</strong>s pessoas, para<br />
po<strong>de</strong>rem acessar uma prestação <strong>de</strong> serviço e ter um<br />
documento dizendo que ela não jogou fora aquele dinheiro<br />
que transferiu para alguém e que, ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iramente,<br />
ela <strong>de</strong>tém a posse, para, <strong>de</strong>pois, po<strong>de</strong>r colocar<br />
na Justiça, se fosse o caso, para conseguir manter a<br />
franquia no nome do adquirente. Eu queria que a senhora<br />
comentasse isso, porque a preocupação do Relator<br />
<strong>de</strong> ir atrás dos laranjas é compartilha<strong>da</strong> por todos nós.<br />
E nós queremos isso a fim <strong>de</strong> sanear o sistema.<br />
Gostaria <strong>de</strong> ouvir o seu comentário, porque houve<br />
um período – e eu queria que a senhora explicitasse,<br />
para ficar gravado – em que os Correios não aceitavam<br />
transferência. E compreendo que, nesse período, essa<br />
era a única arma que as pessoas tinham para po<strong>de</strong>r<br />
transferir algo que já não lhe era mais conveniente para<br />
alguém que achava que era um bom negócio, como<br />
ocorre no mundo real, no cotidiano.<br />
Obrigado, Sr. Presi<strong>de</strong>nte, pela paciência que<br />
teve comigo.<br />
O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria <strong>de</strong> Sá. PTB<br />
– SP) – Muita paciência.<br />
Srª Emily.<br />
A SRª EMILY SONIA FUKUDA YAMASHITA<br />
– Excelência, eu não tenho as <strong>da</strong>tas precisas, mas,<br />
se não me falha a memória, durante o período que<br />
foi <strong>de</strong> 94 – inclusive, na época em que o próprio TCU