Ata da 10ª Reunião da Sub -relatoria de Con ... - Senado Federal
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5006 Terça-feira 18 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL – SUPLEMENTO Julho <strong>de</strong> 2006<br />
ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro <strong>de</strong>sinteresse dos franqueados <strong>de</strong> participar<br />
<strong>de</strong>ssa licitação?<br />
A SRª EMILY SONIA FUKUDA YAMASHITA<br />
– É o seguinte: esse foi um mo<strong>de</strong>lo que formatado<br />
pela ECT como a consultoria cana<strong>de</strong>nse em termos<br />
<strong>de</strong> uma loja compartilha<strong>da</strong> <strong>de</strong> negócios; era um prérequisito<br />
novamente que houvesse um negócio, uma<br />
loja, um estabelecimento comercial <strong>de</strong> outro negócio<br />
para po<strong>de</strong>r instalar nela essa uni<strong>da</strong><strong>de</strong> dos Correios,<br />
que é conheci<strong>da</strong> como ACC1. Ora, nós tínhamos sido<br />
obrigados a fechar aquele nosso negócio original em<br />
93; para po<strong>de</strong>rmos competir, nós teríamos que abrir<br />
um outro negócio – para cumprir o pré-requisito – num<br />
momento extremamente <strong>de</strong>licado, quer dizer, abrir que<br />
negócio <strong>da</strong>queles ramos permitidos para uma mo<strong>de</strong>lagem<br />
que não permitia operação dos serviços que nós<br />
já praticávamos e <strong>de</strong> clientes fi<strong>de</strong>lizados ao longo <strong>de</strong><br />
todos esses anos. E essas agências não po<strong>de</strong>m ter<br />
máquina <strong>de</strong> franquia, pelo próprio edital <strong>de</strong> licitação,<br />
não po<strong>de</strong>m ter operação sob contrato serviços <strong>de</strong> impresso<br />
pessoal, mala direta, fac, e o comissionamento<br />
foi fixado em 16%. Nós fizemos, foi motivo <strong>de</strong> inúmeras<br />
reuniões <strong>da</strong> Comissão <strong>de</strong> negociação, cria<strong>da</strong> pelo<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> ECT na época, para que <strong>de</strong>batêssemos<br />
o tema, e nós apresentamos estudos <strong>de</strong>monstrando a<br />
inviabili<strong>da</strong><strong>de</strong> econômico-financeira <strong>da</strong>quela operação,<br />
<strong>da</strong>quele portfólio a 16%. Era inviável. E no nosso caso<br />
ain<strong>da</strong> obrigar-nos a abrir mão dos clientes, instalarmos<br />
um novo negócio... Que novo negócio? Uma farmácia,<br />
posto <strong>de</strong> gasolina, uma papelaria? O que vamos fazer<br />
para po<strong>de</strong>r fazer jus a uma ACC1 com uma limitação<br />
total <strong>de</strong> portfólio.<br />
Nós <strong>de</strong>monstramos a inviabili<strong>da</strong><strong>de</strong> sobre a questão<br />
e a maioria realmente não entrou por essas razões.<br />
E não fomos só nós que não entramos, os empresários<br />
do Brasil inteiro não se interessaram. Das 3.999,<br />
se não me falha a memória, mais <strong>de</strong> 3 mil foram licitações<br />
<strong>de</strong>sertas, não teve um. E não foi porque nós<br />
fizéssemos propagan<strong>da</strong>, uma contrapropagan<strong>da</strong>, nem<br />
na<strong>da</strong>. Não havia viabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Isso foi reconhecido pela<br />
própria empresa que conseguiu ter sucesso em torno<br />
<strong>de</strong> 300, hoje já são em torno <strong>de</strong> 200...<br />
O SR. RELATOR (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – 282.<br />
A SRª EMILY SONIA FUKUDA YAMASHITA<br />
– ...uma boa parte com ações na Justiça, até por propagan<strong>da</strong><br />
enganosa contra o Correio, muitas em situação<br />
pré-falimentar, algumas tiveram que fechar. A<br />
empresa, reconhecendo isso, não sei nem se é correto<br />
ou não: na licitação, a remuneração era 16%, ela fixou<br />
unilateralmente no <strong>de</strong>correr do ano passado 25,65%. O<br />
que nós fomos inclusive questionados por alguns franqueados<br />
que não entraram naquela ocasião dizendo o<br />
seguinte: mas como, então não era 16, era 25? Porque<br />
dá uma senhora diferença, 10% <strong>de</strong> comissionamento<br />
é alguma coisa que faz diferença nos cálculos <strong>de</strong> uma<br />
empresa. Então...<br />
O SR. RELATOR (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – A senhora consi<strong>de</strong>ra que 25,65% é uma taxa<br />
<strong>de</strong> congelamento razoável?<br />
A SRª EMILY SONIA FUKUDA YAMASHITA<br />
– Essa é a taxa, digamos, média, que tem se mantido<br />
nos últimos anos, ao redor <strong>de</strong> vinte e cinco... assim a<br />
média <strong>da</strong>s comissões no global dividi<strong>da</strong> pelo número<br />
<strong>de</strong> ACF’s.<br />
O SR. RELATOR (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Agora, pelo que temos <strong>de</strong> <strong>da</strong>do aqui, os franqueados<br />
que têm as mesmas características <strong>de</strong> faturamento<br />
dos permissionários têm uma faixa média que<br />
varia <strong>de</strong> 40 a 35%. Se consi<strong>de</strong>rarmos que 25,65% é<br />
uma faixa a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, haveria então uma situação <strong>de</strong><br />
pagamento a maior quando se fala <strong>de</strong> 40 a 35% para<br />
os franqueados?<br />
A SRª EMILY SONIA FUKUDA YAMASHITA – Sr.<br />
Relator, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos muito a aplicação <strong>da</strong>quilo que se<br />
convencionou chamar como a tabela A. Foi uma tabela<br />
que mostrou uma inteligência até para a sobrevivência<br />
<strong>da</strong>s empresas, porque, conforme até um gráfico que<br />
já protocolamos junto a V. Exª...<br />
O SR. RELATOR (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Nós temos o gráfico.<br />
A SRª EMILY SONIA FUKUDA YAMASHITA –<br />
...quanto maior o faturamento, a curva <strong>de</strong> progressão<br />
do faturamento é muito maior do que a <strong>da</strong> comissão.<br />
Então, ao mesmo tempo em que a curva <strong>de</strong> faturamento<br />
sobe bastante, a <strong>de</strong> comissão se mantém mais ou<br />
menos estável. E para empresa é uma construção inteligente,<br />
porque quanto mais serviço nós captarmos,<br />
nós nem vamos ficar em 25, hoje o gran<strong>de</strong> objeto, a<br />
gran<strong>de</strong> meta, o objetivo para todos nós, é ganharmos<br />
10% porque, na concepção atual, ganhar 10% significa<br />
que estamos processando um volume <strong>de</strong> carga e<br />
<strong>de</strong> receita equivalente maior. Em escala a gente consegue<br />
chegar numa equação boa entre o custo e a<br />
nossa comissão.<br />
O SR. RELATOR (José Eduardo Cardozo. PT<br />
– SP) – Vamos abdicar um pouco <strong>da</strong> economia <strong>de</strong> escala.<br />
O estudo que temos aqui, o Tribunal <strong>de</strong> <strong>Con</strong>tas<br />
nos revela, nos mostra que franqueados com o mesmo<br />
perfil dos permissionários recebem <strong>de</strong> 40 a 35% <strong>de</strong><br />
comissão e que os permissionários recebem 25,65%.<br />
<strong>Con</strong>si<strong>de</strong>rando, pelo seu próprio <strong>de</strong>poimento, que na<br />
origem <strong>da</strong> licitação era 16% e, unilateralmente, subiu<br />
para 25,65%, não haverá no caso <strong>da</strong> re<strong>de</strong> franquea<strong>da</strong><br />
um pagamento maior do que o necessário, uma vez que<br />
com 25,65% se consegue operar normalmente?