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Ata da 10ª Reunião da Sub -relatoria de Con ... - Senado Federal

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Julho <strong>de</strong> 2006 DIÁRIO DO SENADO FEDERAL – SUPLEMENTO Terça-feira 18 5061<br />

<strong>Con</strong>tinuando, verificamos que a Skymaster pagou<br />

US$1,1 milhão para a empresa Omega Air no período<br />

<strong>de</strong> menos <strong>de</strong> um mês. Em um ano, a Skymaster<br />

pagou US$1,2 milhão à empresa Citzen. Da mesma<br />

forma, em cerca <strong>de</strong> nove meses, a empresa pagou<br />

US$2,3 milhões para empresa Dae<strong>da</strong>lus. Tais valores<br />

estão registrados como pagamentos <strong>de</strong> parcelas <strong>de</strong><br />

arren<strong>da</strong>mento.<br />

Ocorre, porém, que as aeronaves que essas empresas<br />

arren<strong>da</strong>vam passaram a ser arren<strong>da</strong><strong>da</strong>s pelas<br />

empresas Force Field e Quintessential, cujos representantes,<br />

Sr. José Tomaz Simioli e Késia Maria do Nascimento<br />

Costa, mantêm vínculos com a Skymaster.<br />

Eram as mesmas aeronaves?<br />

O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Eram as<br />

mesmas aeronaves.<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />

PT – SP) – Então, o senhor arren<strong>da</strong>va as aeronaves<br />

<strong>da</strong> Omega Air, <strong>da</strong> empresa Citzen e <strong>da</strong> Dae<strong>da</strong>lus. Pertenciam<br />

as aeronaves a essas empresas?<br />

O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Correto.<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />

PT – SP) – Então, essas aeronaves passaram para a<br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Quintessential e <strong>da</strong> Force Field. Elas<br />

compraram essas aeronaves?<br />

O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Compraram.<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />

PT – SP) – E os senhores, então, passaram a arren<strong>da</strong>r<br />

<strong>de</strong>les?<br />

O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Simplesmente,<br />

passamos o leasing <strong>de</strong> uma para a outra. É como<br />

se estivesse num prédio alugado, chegasse alguém e<br />

o comprasse. O contrato <strong>de</strong> locação continua.<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />

PT – SP) – E informa a assessoria que a Omega Air,<br />

essa empresa que os senhores alugaram, é a mesma<br />

que forneceu aquele preço <strong>de</strong> 707, 805. Veja como é<br />

curioso. Essa empresa nos <strong>de</strong>u o preço em que estamos<br />

baseando o nosso estudo e que prova o superfaturamento.<br />

É a mesma que o senhor alugava. Depois,<br />

essa empresa passou para essas outras, o que nos<br />

leva a crer que, talvez, os senhores sejam os donos<br />

<strong>de</strong>ssas empresas que compraram esses aparelhos<br />

no exterior.<br />

O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Da Omega<br />

Air?<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />

PT – SP) – Não <strong>da</strong> Omega Air. Da Force Field e <strong>da</strong><br />

Quintessential, ou seja, por que eu não posso supor<br />

que os senhores são os donos <strong>de</strong>ssas duas empresas,<br />

que compraram esses aparelhos e passaram a locar<br />

para os senhores mesmos por um valor superfatura-<br />

do como forma <strong>de</strong> remeter para o exterior? Em cinco<br />

meses, o senhor pagaria esse aparelho.<br />

O SR. JOÃO MARCOS POZZETTI – Mas se V.<br />

Exªs forem analisar, o mesmo valor <strong>de</strong> leasing que eu<br />

pagava para a Omega Air é o que eu pago hoje.<br />

O SR. PRESIDENTE (José Eduardo Cardozo.<br />

PT – SP) – O que eu quero pon<strong>de</strong>rar é que tudo isso<br />

é muito estranho. Talvez o senhor já superfaturasse<br />

lá ou houvesse outra situação. Os senhores estavam<br />

comprando esses aparelhos nesse leasing. O que<br />

não me diz que, nesses leasings, os senhores já não<br />

estavam comprando os aparelhos e posteriormente,<br />

quando foram pagos esses aparelhos, eles foram passados<br />

para a sua empresa, a Quintessential, ou seja,<br />

o senhor embutia no custo que cobrava dos Correios<br />

a compra efetiva <strong>de</strong>sse avião? Não era um simples<br />

arren<strong>da</strong>mento.<br />

Quando foram pagos esses aviões, o senhor<br />

não confessa que eles passaram à sua proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

montaram, então, duas empresas num paraíso fiscal<br />

para operarem com elas, quando são suas, e usam<br />

isso para remessa no exterior? Só esse fato explicaria<br />

tanta confiança com outorga <strong>de</strong> procuração para sócios<br />

e pessoas próximas dos senhores? Temos uma<br />

forte suspeita <strong>de</strong> que essas empresas <strong>da</strong> Ilha Virgem<br />

pertencem aos senhores, que, com os arren<strong>da</strong>mentos<br />

anteriores <strong>da</strong> Omega, adquiriram esses aparelhos e,<br />

quando o fizeram, passaram para essas empresas.<br />

A suposição é feita pelos nossos consultores, que<br />

dizem o seguinte: “Supomos que as supostas operações<br />

– porque são várias suposições, é isso mesmo<br />

– <strong>de</strong> arren<strong>da</strong>mento com as empresas Citzen, Dae<strong>da</strong>lus<br />

e Omega Air eram, na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, operações <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>.”<br />

Então, a Skymaster comprou as aeronaves, simulou<br />

um arren<strong>da</strong>mento e quem ficou com os bens foram as<br />

empresas no exterior, que arren<strong>da</strong>m as aeronaves em<br />

valores superfaturados para a Skymaster.<br />

A nossa suspeita é que, quando os senhores<br />

diziam que arren<strong>da</strong>vam, estavam comprando os aparelhos.<br />

Quando terminaram <strong>de</strong> pagar, passaram para<br />

empresas que os senhores montaram e constituíram,<br />

como Procuradores, pessoas <strong>da</strong> sua proximi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Os<br />

senhores, a partir <strong>de</strong>sse momento, simularam arren<strong>da</strong>mentos<br />

com essas empresas para remeter dinheiro<br />

para o exterior, pagar menos imposto no Brasil e superfaturar<br />

os valores e contratos com os Correios.<br />

Aqui estão as aeronaves. Somente esse fato explicaria<br />

serem as mesmas, com to<strong>da</strong> essa situação<br />

coloca<strong>da</strong>. Mantiveram-se os preços <strong>de</strong> arren<strong>da</strong>mento,<br />

que, na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, eram valores <strong>de</strong> compra e não <strong>de</strong><br />

efetivo arren<strong>da</strong>mento. Está aqui a situação <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s<br />

as aeronaves. Situação: arren<strong>da</strong>mento (Inaudível.),<br />

aqueles arren<strong>da</strong>dores anteriores. Depois, passaram

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