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FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

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— Vamos lá para o SESC? A galera está reunida!<br />

— Falou! Deixa então eu tomar banho e me aprontar.<br />

Thalya era extrovertida, sabia manter um papo interessante. Ria e falava o tempo<br />

todo, emendando um assunto no outro. Foi para o banheiro e nem fechou a porta,<br />

continuou conversando comigo através da névoa que saía de dentro do chuveiro.<br />

Eu permaneci onde estava, volta e meia dava umas pescoçadas mas nada vi.<br />

— Garota “prá-frentex” essa. Maneiro!<br />

Escutei o barulho da água fechando e em minutos ela passava na minha frente, em<br />

direção ao quarto, com a maior naturalidade do mundo... e sem roupa nenhuma! Fiquei<br />

olhando meio estarrecido e reparei na tatuagem:<br />

— Legal essa tatuagem aí, heim? Deixa eu ver?! — Fui me erguendo e me<br />

aproximando.<br />

Era uma rosinha bem na nádega. Havia também uma serpente no ombro e um<br />

cavalo-marinho na canela. Naturalmente reparei melhor na rosinha. Toquei de leve para<br />

“sentir a textura”. Que textura!<br />

— Essa aqui eu fiz há pouco tempo — Apontou a serpente. —Ainda está meio<br />

dolorida!<br />

Não me espantei muito com aquela atitude. Thalya era o tipo de garota liberal meio<br />

maluquinha que faria realmente aquilo. Estranhamente ela não me pareceu vulgar como a<br />

mulherada da Gangue. Era um negócio meio “naturalista”, como ela mesma explicou, me<br />

olhando melhor:<br />

— Espero que você não esteja estranhando muito, se você for cabeça-vazia nem vai<br />

querer me olhar depois disso. Por isso já deixo claro logo de cara! Não acho que o estado<br />

de nudez seja algo errado, pecaminoso. É como com os índios, não é? O homem e a<br />

mulher nascem nus, mas a Sociedade criou a roupa e a Igreja colocou os pudores. Mas<br />

realmente não vejo desta forma. Espero que você também não! Sou assim mesmo e<br />

acabou.<br />

Dei de ombros, na minha.<br />

— Prá mim tá branco. Se você acha isso não vou ser eu que vou colocar<br />

preconceito. Eu também vivo como quero e não gosto de ninguém impondo pontos de<br />

vista prá cima de mim!<br />

— Beleza! Sabia que você era um cara mente aberta! Agüenta aí que eu já estou<br />

quase pronta.<br />

E vestiu-se ali mesmo, com a porta do quarto aberta, na maior calma do mundo.<br />

Conversando, me pediu opinião sobre a roupa. Eu dei.

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