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FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

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a última quinta-feira na reunião. Ela tinha faltado na escola na sexta. E durante o final de<br />

semana fiz um pouco da via sacra costumeira, almoçando em casa de Camila no sábado e<br />

indo ao cinema à noite, coisas assim.<br />

— Como foi o final de semana? — Perguntei eu.<br />

— Nada especial! Saí com um cara que conheci na casa da Mônica. Mas era um<br />

babaca e já dei o “chega para lá nele”. Nem deu para o gasto. Se eu te contar, você nem vai<br />

acreditar aonde ele me levou!<br />

Eu me poupei de perguntar. Mesmo assim ela explicou com mais meia dúzia de<br />

frases como foi o famoso fim de semana, mas logo mudou de assunto.<br />

— E você? Bancou o bom samaritano indo para a Igrejinha?! — Indagou ela,<br />

irônica. E podia sentir o arzinho sarcástico da pergunta.<br />

— Pois é! Não fui, não! Se você achou babaca o cara com quem saiu é porque não<br />

conhece o Pastor daquela Igreja! — Senti uma revolta crescendo dentro de mim. —<br />

Aquele lugar rescende a hipocrisia! Não dá para suportar!!! É pior do que os doze trabalhos<br />

de Hércules.<br />

— É pior do que fazer os doze trabalhos de uma vez só! Louquinho!!<br />

Dei um muxoxo seco enquanto puxava os cabelos para trás.<br />

— Bom...é que as vezes a gente é obrigado a cumprir o protocolo. Mas Camila já<br />

não me pega com tanta facilidade.<br />

Thalya não respondeu. Dificilmente ela dava palpite no meu relacionamento com<br />

Camila. Não deixava de ser uma demonstração de respeito. Mas ela era incapaz de<br />

compreender porque eu me submetia àquele “jugo”. Aliás, eu também não sabia. Deixamos<br />

para lá.<br />

— Você quer dar uma treinadinha nos exercícios de telepatia? — Perguntou Thalya<br />

mudando radicalmente o assunto.<br />

Concordei de pronto, esquecendo a raiva que me causava o mencionar do Culto. A<br />

telepatia era como que um “medidor” do quanto nós já havíamos desenvolvido nossa<br />

potencialidade mental.<br />

— Pode ser. Pega um papel e uma caneta que eu vou fazer o mesmo. — Larguei o<br />

fone e me preparei. — Alô? Pronto? Manda aí! Você quer começar?<br />

— Tá bom. — Respondeu — Thalya. — Escreve alguma coisa no papel.<br />

Sem pensar muito, escrevi em letras de forma: Máquina de lavar.<br />

— Escreveu? — A voz dela veio aguda pelo telefone.<br />

— Escrevi.

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