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FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

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— Não posso falar.<br />

Fiz o drama completo, a ladainha como manda o figurino. Esperei a “Estranha”<br />

insistir um pouco mais e por fim contei:<br />

— É a Camila.<br />

— Pôxa! — Fez a “Estranha”. — Mas você está enganado, Eduardo... ela gosta de<br />

você, sim!<br />

— Gosta nada! Gosta só como amigo. E sabe do que mais? Estou assim meio triste<br />

porque cheguei à conclusão que a melhor coisa é tomar uma atitude drástica!<br />

— Que atitude? — Ela parecia um tanto ansiosa.<br />

— A única saída para mim é acabar de vez com essa amizade, senão vou ficar<br />

sofrendo à toa! A melhor coisa é a distância. — Fui até teatral. — É terrível a Camila estar<br />

tão perto de mim mas tão fora do meu alcance!<br />

O rosto da “Estranha” parecia preocupado. Afinal, éramos todos amigos, ela queria<br />

poder ajudar. E não deu outra, tudo aconteceu conforme eu previra. Ela foi direto contar<br />

à amiga.<br />

***<br />

No dia seguinte logo cedo Camila já estava diferente. Eu via no olhar dela, no<br />

sorriso. Fiquei só esperando, na minha, olhava de vez em quando mas não liguei muito<br />

para ela no período da manhã. Foi ela quem veio, toda sorridente, os olhos mais<br />

marotinhos:<br />

— Vamos, não quer dar uma volta, Edú?<br />

— Uma volta?<br />

Pedido meio esquisito. Era o horário do intervalo. — É! — Continuou ela. —<br />

Vamos dar uma volta no quarteirão! — Tá bom. Vamos aí.<br />

Saímos da escola, fomos caminhando devagar lado a lado. De certa forma eu me<br />

divertia um pouco e esperei para ver o que ela diria. Na verdade eu já sabia, mas queria ver<br />

como Camila ia lidar com aquela situação. Me fiz de morto e deixei-a falar primeiro. Ela<br />

foi pegando no meu braço, depois na minha mão, até que começou a andar de mãos dadas<br />

comigo.. Eu a encarava de cima e ela fez a pergunta:<br />

— Você está gostando de alguém?... — Por que a pergunta? Ela sacudiu minha<br />

mão:<br />

— Não, senhor, responde! Eu fiz a pergunta! Está ou não está? —Eu tô.<br />

— Bom... eu também! — Ah, é? Puxa... e quem é ele?

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