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FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

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— Encarem esta noite como um presente especial. Uma honra concedida a vocês,<br />

jovem casal, pois destacaram-se e sobressaíram durante o período da “Escola<br />

Preparatória”.<br />

A sensação de ser tão bem recebidos era por demais agradável e acolhedora. Eu<br />

sempre tinha buscado por uma família. Sabia que a estava encontrando. Um lugar aonde<br />

eu era importante, querido, bem aceito, estimulado. Pessoas para quem eu era alguém.<br />

Não importava quem eram “nós”. Eu queria fazer parte daquele “nós”. Queria ser<br />

“deles”. Estava preparado. Ao longo daquela jornada havíamos aprendido que os<br />

presentes nunca chegam antes de estarmos prontos para recebê-los. E nem depois. Vêm<br />

sempre no momento certo. Assim... fosse o que fosse que houvesse naquela noite...<br />

estávamos preparados.<br />

Entre sorrisos e abraços passamos da ante-sala para um belo e aconchegante salão<br />

de jantar.<br />

Para minha surpresa havia ali um grupo de homens e mulheres espalhados pelo<br />

recinto, descontraídos em meio à conversa. Os olhares voltaram-se para nós, sorrisos<br />

amplos e amistosos brotaram nos lábios.<br />

— Oláá! — Disse Zórdico, perto da porta. Ele era o único conhecido além de<br />

Marlon.<br />

Fomos sendo apresentados, apertamos mãos aqui e ali, recebemos abraços de boas<br />

vindas. Em poucos minutos eu e Thalya já estávamos bem à vontade.<br />

Meu olhar cruzava com o de Marlon vez por outra. Ele me observava com o que<br />

parecia ser orgulho e satisfação ao mesmo tempo, eu sentia a aprovação estampada neles.<br />

Thalya não recebia os mesmos “louros” que eu. Era intuitivo o fato de que realmente<br />

havia um algo mais ligado à minha pessoa. Que eu não sabia bem o que era, mas que<br />

deveria fazer toda a diferença.<br />

Marlon não desperdiçava palavras, não fazia uso de elogios vãos. Eu já sabia disso<br />

muito bem. Em se tratando de minha amiga havia muito mais reserva nos seus<br />

comentários, e o nome de Thalya só era realmente citado — em termos especiais — quando<br />

associado ao meu. Isto é, quando éramos vistos como casal.<br />

Aproximamo-nos do centro do salão. Uma magnífica mesa retangular de madeira<br />

maciça estava adornada com uma toalha champagne finamente bordada. Os desenhos me<br />

eram vagamente familiares. Eu já vira semelhantes em livros de estudos, algo como cenas<br />

de uma Festa Ritual.<br />

— Fiquem à vontade! — Convidou novamente o homem alto de cabelos escuros,<br />

sorrindo sempre.<br />

Meus olhos corriam rapidamente pelo salão procurando reter todos os detalhes ao

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