19.04.2013 Views

FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

graça de novo. E recusei:<br />

— Deixa prá próxima!<br />

— Você é um privilegiado!... — Exclamou ela, desta vez seriamente. Ia tocar no<br />

meu rosto mas desistiu. — Bom, descanse bem, então! Haverá muita oportunidade de nos<br />

encontrarmos em dias mais favoráveis!<br />

E saiu.<br />

***<br />

Capítulo VII<br />

Em questão de cinco ou dez minutos, batidas na porta. Era Thalya, que resolvera<br />

subir também, alegando cansaço. Uma outra moça a trouxera para o seu quarto. E como<br />

ela já sabia o caminho do meu...<br />

Eu estava aliviado por poder estar ali em cima. Ainda sentia uma estranha sensação<br />

na boca do estômago, uma leve tremedeira por dentro, um calafrio que percorria a espinha<br />

e que, por vezes, até chacoalhava o corpo. Era incontrolável. Volta e meia eu me<br />

estremecia todo, cheio daquele nervosismo tênue, daquele misto esquisito de medo e<br />

prazer. Prazer porque eu era o privilegiado, o escolhido, o favorecido. Ainda que eu não<br />

soubesse o que isto realmente significava na prática.<br />

Mas minha cabeça estava em parafuso. Eu não sabia como ia digerir aquela<br />

Cerimônia!...<br />

Até que foi bom ver Thalya parada ali na minha frente. Poderíamos conversar um<br />

pouco. Nem me passou pela cabeça sugerir que talvez fosse hora de dormir, ou coisas<br />

assim. No fundo só queria ter certeza de que tudo o que eu vira tinha sido real mesmo. Isto<br />

é...se tinha realmente acontecido! Se não tinha sido um truque, ou efeito das drogas... ou se a<br />

tal criança não era um boneco, quem sabe?.......<br />

Embora no íntimo eu soubesse as respostas, precisava conversar, trocar uma idéia.<br />

Talvez eu quisesse me apegar àquela sombra de esperança: tinha sido apenas uma<br />

alucinação coletiva. Porque realmente não era possível que eu tivesse visto tudo aquilo!<br />

— Que bom que você está aqui. — Disse à Thalya tão logo a vi parada na soleira da<br />

porta.<br />

Ela espichou os olhos. Estava ligeiramente agitada.<br />

— Seu quarto é bonito... grande!<br />

Parecia não haver nada melhor a dizer.<br />

Reparei de cara no pequeno curativo que ela tinha na mão esquerda, no mesmo

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!