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FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

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Aquela força não era humana...<br />

Quando voltei a olhar o Sumo-Sacerdote estava com ele nas mãos... ainda<br />

pulsando... e encaminhando-se para o caldeirão, o colocou ali. O sangue recolhido na jarra<br />

dourada foi derramado também, em meio às palavras de encantamento. A taça aonde estava<br />

o meu sangue e o de Thalya foi também adicionado e, ao que parece... aquilo tudo...<br />

estava terminado. Aqueles de fato foram os últimos ingredientes, os elementos mais<br />

“nobres”.<br />

Vi que Thalya estava novamente meio “apagada”, balançando o corpo, com a<br />

cabeça baixa. Será que ela tinha visto......?!<br />

O Sumo-Sacerdote retirou um pouco daquela mistura que tinha levado a madrugada<br />

inteira para ficar pronta e colocou em uma taça. Novamente aproximou-se primeiro de<br />

mim. Com reverência estendeu-me algo que me lembrou uma hóstia, nem sei de onde ele<br />

tirou aquilo.<br />

— Abra a boca.—Disse ele.<br />

E deu-me a comer o que tinha nas mãos. O gosto não era ruim, somente ela parecia<br />

viscosa. Engoli e esperei.<br />

— Agora você faz parte do nosso corpo.<br />

Então estendeu-me a taça com a mistura. O líquido era vermelho, bem escuro e<br />

espesso.<br />

Tomei a taça nas mãos de olhos fitos nele. E bebi.<br />

— Agora você também é sangue do nosso sangue, e está em aliança conosco. Você<br />

é um irmão muito querido. Hoje você foi feito filho do Fogo. E o seu Guia é muito<br />

poderoso... ele está aqui agora. — Disse de novo o Sumo-Sacerdote para mim. — E a<br />

partir de então ele o acompanhará. Repita comigo o que vou dizer...<br />

Pronunciou algumas palavras que não entendi, mas diante do olhar de incentivo de<br />

Marlon eu as repeti. E esperei confiante-mente enquanto o Sumo-Sacerdote continuou a<br />

recitar frases estranhas sobre a minha cabeça. E depois, colocando-se diante de mim<br />

desenhou uma cruz de ponta cabeça sobre a minha testa, entre os olhos. Usou a mesma<br />

mistura da taça.<br />

— Repita comigo novamente. — Tornou a ordenar o Sumo-Sacerdote.<br />

Desta vez repeti novamente o juramento que fizera ao entrar, renunciando a Cristo,<br />

à Igreja e aos ensinamentos Cristãos. Aquela confissão, eu sentia, não era mais apenas para<br />

o povo ouvir. Ao que parecia devíamos estar diante de alguma Entidade — no caso, o<br />

meu “Guia” — e ele deveria escutar minhas palavras. Eu não poderia mentir. Toda aquela<br />

negação tinha o efeito simbólico de “esvaziar-me” para que eu pudesse ser preenchido por

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