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FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

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Um dos dias mais alegres de minha vida até então foi quando recebi a aprovação.<br />

Agora eu poderia ensinar Wing Chun de verdade! E como eu já era conhecido e respeitado<br />

por causa do curso de armas, meu horário lotou. Comecei a ganhar um dinheiro melhor<br />

ainda nesta época.<br />

***<br />

Capítulo VII<br />

Pouco tempo depois da minha Formatura no Wing Chun, meu namoro com Camila<br />

começou a tomar outro rumo. Ela não se conformava mais em aceitar certas coisas,<br />

começou literalmente a querer controlar a minha vida. O Kung Fu e as brigas nas quais me<br />

envolvia eram o pior problema. Até acho compreensível, mas Camila fazia da maneira<br />

errada, começou a querer impor a sua vontade e achou de insistir em extremos que<br />

começaram a me incomodar.<br />

Chegava ao cúmulo de marcar hora para eu entrar e sair de sua casa no final de<br />

semana. E se eu atrasasse: ficava de bico! Eu já estava começando a perder a paciência<br />

com aquela prepotência!<br />

Mesmo assim eu ainda procurava agradá-la sempre, da melhor maneira. Aos poucos<br />

fui assumindo Camila em todos os sentidos, inclusive financeiramente. Eu arcava com<br />

todas as suas despesas porque seu Augusto decididamente não cumpria o papel de pai.<br />

Eu gostava de vê-la contente, sempre que podia dava-lhe tudo o que quisesse, de<br />

bom grado. Camila aprendeu que nesse aspecto, pelo menos, ela sempre seria a “princesa”.<br />

Nem se importava em saber de onde vinha a grana. Contanto que não faltasse.<br />

E como normalmente não faltava, ela tinha todos os seus desejos atendidos. Era<br />

shopping, táxi, roupas, sapatinhos, tênis, passeios e restaurantes caros. Mas às vezes, a<br />

fatalidade... nem sempre eu havia ganho o suficiente. Ou roubado o suficiente. E aí<br />

começaram os problemas.<br />

Aos poucos comecei a ver que o meu “tudo” nunca seria bom o bastante. Se por<br />

acaso estivesse sem dinheiro Camila nunca era compreensiva, nunca achava que<br />

poderíamos fazer um programa mais simples e que iria ser bom do mesmo jeito.<br />

Decididamente ela tinha vocação para marajá! E nada de aceitar programas mais<br />

simples, como a maioria dos mortais faz quando a grana está curta. Ficava emburrada e<br />

reclamando que queria sair, que o final de semana ia ser uma droga e que ela nunca fazia<br />

nada de bom! E como era duro “ser pobre”!<br />

***

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