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FILHO DO FOGO volume 1 - suelymmarvulle

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havia questionamentos sobre se eu já tinha tido experiências tais como sentir-me<br />

observado por alguém ou como se houvesse uma presença à minha volta; se alguma vez<br />

vira ou sonhara com alguma Entidade espiritual; se eu já tinha ouvido falar ou entrado em<br />

contato com uma série de Organizações que vieram explicitadas em uma lista; se eu sabia<br />

algo sobre alguns nomes da história, dentre eles Abra Merlin e Crowley (como se eu não<br />

soubesse!).<br />

Havia também uma sessão onde eu deveria analisar e dar minha opinião sobre<br />

diversos pequenos textos. Um deles em especial veio-me à mente naquele momento<br />

porque de certa forma Marlon abordou o mesmo tópico: a questão das forças ditas<br />

complementares. O texto dizia que a Igreja tinha se utilizado das Cruzadas e da Inquisição<br />

para aproximar o homem de Deus. O fim era este, a aproximação de Deus, mas o meio<br />

utilizado era um meio de sangue, de dor, de tortura, de violência. E aí a pergunta, meio<br />

capciosa, se “os fins justificam sempre os meios”. Depois acrescentavam novos dados<br />

para que eu discorresse a respeito: Deus é chamado também o Senhor dos Exércitos; em<br />

outras palavras, o Senhor da Guerra. Eu acreditava que os atos cometidos nas Cruzadas<br />

estavam em conformidade com o perfil de Deus? Em contrapartida, Deus também é Deus<br />

de Amor. Como eu encarava esta dualidade?<br />

Lembro-me bem da minha resposta porque ela traduzia pensamentos muito íntimos<br />

meus, muito pessoais. Coisas que eu não comentava com ninguém porque não havia com<br />

quem comentar. Respondi que eu não achava que Deus fosse bom ou ruim, as oscilações<br />

fazem parte e são complementares. Existem momentos em que, para disciplinar um filho<br />

faz-se necessário elevar a voz, bater, exigir. Em outros é necessário o abraço e o carinho.<br />

Isto tudo não descaracteriza a paternidade, simplesmente faz parte do processo.<br />

Eu não compreendia nesta época que a natureza de Deus não se assemelha em nada<br />

à natureza humana. E por isso fiquei muito contente quando Marlon disse a mesma coisa<br />

em outras palavras. Gostei do conceito apresentado a respeito de Verdades relativas e<br />

absolutas. Traduzia o que eu próprio acreditava no meu íntimo embora nunca tivesse me<br />

preocupado em expressá-los de forma tão coerente.<br />

Outra questão a que dei muita ênfase foi quando me perguntaram se eu tinha<br />

atração especial pelo Oculto e nisso eu gastei muito tempo. Pois não parecia haver<br />

palavras suficientes para expressar o quanto essa sede era intrínseca dentro de mim!<br />

Uma das minhas maiores buscas era justamente essa apesar de eu não saber definir<br />

exatamente o quê era o Oculto. Mas eu tinha que saber, tinha que haver algo mais!!! E<br />

engraçado como Marlon principiou seu discurso justamente definindo conceitos neste<br />

sentido! E pude perceber que a necessidade de conhecer o que eu não conhecia espelhava<br />

sede de conhecimento, e com isso eu vibrei. Era o que eu mais queria, conhecimento!<br />

Queria encontrar o que estava perdido, o que estava por trás do véu. O que ainda não<br />

existia aos olhos da consciência. Mas que estava lá!

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